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Países pobres rejeitaram 100 milhões de vacinas da COVID-19

Os países pobres recusaram, no mês passado, receber cerca de 100 milhões de doses da vacina contra a COVID-19, porque a data de fim da validade era muito curta, anunciou a Organização Mundial de Saúde.

A Organização Mundial de Saúde já acusou em várias ocasiões os países ricos de retirarem, do lote de vacinas que compraram, doses com o prazo de validade muito curto e enviarem para os países pobres.

No final de Dezembro, a Nigéria queimou mais de um milhão de doses da vacina AstraZeneca, administrada há alguns meses por países desenvolvidos, mas cuja data de validade se aproximava ou tinha mesmo expirado.

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância, cerca de um terço das doses com curto prazo de validade foram doadas pelos países europeus, e os países lesados agora recusam receber doses com prazo de validade muito próximo.

A UNICEF afirmou que mais de cem milhões de doses foram recusadas pelos países pobres e explicou que esses países precisavam de doses que pudessem ser armazenadas por tempo suficiente para poder planear melhor as campanhas de vacinação e imunizar as populações.

O director do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana, John Nkengasong, anunciou na última quinta-feira que está em negociações com a farmacêutica Pfizer para tornar Paxlovid, o medicamento contra a COVID-19, acessível no continente.

Nkengasong explicou a importância do tratamento com a eventualidade de surgir uma variante mais transmissível como a Ómicron, mas que provocasse doença grave, o que esgotaria o sistema hospitalar.

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