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Países africanos com poucos médicos oncologistas para tratar casos do cancro

Treinar mais médicos na área da oncologia bem como apetrechar os hospitais com equipamentos necessários para fazer face aos casos de cancros, foram as principais orientações deixadas aos 34 países da África presentes na 12ª Conferência Bienal da Organização Africana de Pesquisa e treino em cancro.

Maior parte dos países de Africa, não tem médicos suficientes para cobrir as necessidades em termos de tratamento e controlo dos casos de cancro. Em Moçambique por exemplo, existem somente cinco médicos oncologistas e três Radioterapeutas.

“Discutimos nesta conferência, a necessidade de se criar um curriculum em termos de escolas de medicina e que estas escolas estejam capacitados para formar mais oncologistas” disse Mouzinho Saíde, Director do Hospital Central de Maputo, acrescentando a necessidade de se motivar mais médicos jovens a participarem nesta formação em oncologia bem como integrar outros profissionais da saúde. “Não só médicos temos que incluir enfermeiros, técnicos de laboratórios e outros profissionais. Esta luta contra o cancro não pode ser só de médicos”, avançou o Director do Hospital Central de Maputo.
No caso concreto de Mocambique, para além da formação, a prevenção e o rastreio antecipado do cancro, continuam a ser as principais apostas, razão pela qual propõem-se a estender estes serviços para todas unidades sanitárias. Actualmente os serviços cobrem apenas 450 unidades sanitárias.

“Dentro daquilo que é o nosso Plano Nacional de Controlo do Cancro, nos propomos pelo menos num horizonte de 10 anos, em cobrir 800 unidades sanitárias e acreditamos que isso vai ajudar a resolver de alguma forma esta questão de estar a receber os pacientes na fase terminal” avançou, a Directora Nacional Adjunta para área da assistência Médica, Elenia Amado.

A eleição do nigeriano Abubakar Bello, para presidir a organização e o lançamento do livro sobre cancro em África, marcaram a 12ª conferência Bienal da Organização Africana de Pesquisa e Treino em Cancro, que foi testemunhada pela Primeira-dama de Moçambique, Isaura Nyusi e a princesa da Jordânia Dina Mired. A conferência que teve duração de quatro dias, terminou esta sexta- feira em Maputo.

 

 

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