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País deve aproveitar ajuda externa e consolidar capacidade combativa ao terrorismo

Quem o diz é o embaixador cessante dos Estados Unidos em Moçambique, que hoje foi à Presidência da República se despedir do Chefe de Estado, Filipe Nyusi. Embora o terrorismo ameace a exploração de gás em Cabo Delgado, Dennis Hearne mostra-se confidante no avanço dos projectos. 

O encontro de despedida entre Dennis Hearne e Filipe Nyusi foi bastante rápido, mas suficiente para ter colocado na mesa de debate a cooperação bilateral em várias áreas, com destaque para o combate ao terrorismo, onde os Estados Unidos de América têm dado treinamento às Forças de Defesa e Segurança. E porque viu de perto o drama da insurgência, durante o tempo em que representava a diplomacia norte-americana em Moçambique, Dennis Hearne alerta para algumas vantagens que o país deve aproveitar num contexto de ajuda externa para estancar o mal.

“Temos o momento de possível melhoramento do contexto (de terrorismo) porque os homens têm tido algum sucesso no campo da batalha, temos estado também a tentar organizar a parte da ajuda humanitária. Agora é a hora de aproveitar esses espaço de ‘respirar’, que é o momento de sucessos no campo de batalha nos últimos meses, para Moçambique consolidar a sua capacidade para lidar com este tipo de ameaças”, diz o diplomata norte-americano.

Apesar do terrorismo, falou também dos projectos de gás em Cabo Delgado e mostrou-se optimista.

“Mesmo com o atraso que esta ameaça e outros problemas têm causado, estes projectos vão avançar e têm muito potencial para beneficiar moçambicanos, não só em Cabo Delgado, mas no geral”.

O terrorismo e projectos de gás em Cabo Delgado não foram os únicos temas abordados no encontro.

“Falamos também sobre os nossos trabalhos na área de investimentos, o Millennium Challenge Corporation, que vai ajudar no desenvolvimento da agricultura e infra-estruturas rurais”, diz.

À sua chegada a Moçambique, o país havia sido arrasado por ciclones e houve ajuda dos Estados Unidos para minimizar o impacto. Dennis Hearne esteve também no grupo de contacto no diálogo para implementação do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração dos homens da Renamo.

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