O País – A verdade como notícia

Painelistas defendem uso das tecnologias para resolver os problemas do país

O mundo está em constante tranformação, e um dos aspectos que está a contribuir para tal são as tecnologias, daí os painelistas do segundo e último debate do primeiro dia da feira MOZTECH terem escolhido ‘A inteligência artificial, a realidade virtual, realidade aumentada, a tecnologia 3D, e Blockchain’ como as “Cinco tecnologias que vão mudar o mundo”, tema em debate.

Com moderação de José Nhampossa, Director do Registo Académico da UEM, Dulce Chilundo, Directora-geral do INTC apontou como mudanças impulsionadas pela transformação tecnológica, o comércio digital.

Aliás, Chilundo defendeu a importância da transformação humana. “A nossa maneira de ser e estar já nao é a mesma dos anos 90. Temos que mudar para nos adequarmos a estas tecnologias”.

Para Amaral Carvalho, CEO da Edubox, a tecnologia pode ser aproveitada para impulsionar o turismo, para além de resolver os problemas que o país tem.

“Em Moçambique existem muitos problemas que nos podem permitir criar muitas coisas, através da internet, para os solucionar”, disse.

Sérgio Carrilho, Gestor de Projectos de Engenharia da Sony Mobile Communicatios deu vários exemplos do que já se pode fazer, graças às tecnologias. Disse que as tecnologias surgiram para facilitar a vida dos utilizadores e falou da inteligência artificial, a que permite com que máquinas ajam como seres humanos.

Sobre a realidade virtual, disse ser algo que pode ser aliado ao sector de educação, visto que permite, dentre várias coisas, que um indivíduo viaje para vários lugares do mundo, sem sair do lugar, bastando usar os óculos de realidade virtual

No entanto, porque todas as tecnologias também têm seus riscos, Nuno Cepeda, Responsável pelo Innovation Hub da Novabase disse ser fundamental tirar proveito das coisas boas que elas nos podem podem oferecer. Deu exemplos de tecnologias como Mpesa e referiu que África pode e está a fazer suas próprias inovações, baseadas na sua realidade e nas suas necessidades, sem precisar olhar ou esperar pelas inovações das outras partes do mundo.

Ainda sobre os riscos, A Directora-geral do INTC, disse ser importante fazer-se o uso das tecnologias, no entanto, de forma responsável. Já o CEO da Edubox, Amaral Carvalho, disse que a regulamentação é importante, mas não pode ser proibitiva; diz que não de deve proibi, mas arranjar-se penalizações para quem usa a tecnologia de forma errada, pois ao se proibir, pode se limitar a criação de muitas soluções tecnológicas.

O moderador Nhampossa passou a palavra à plateia e uma das grandes preocupações dos participantes é se a questão da inteligência artificial não coloca em risco a importância do ser ser humano nos processos. Como que para tranquilizar, Nuno Cepeda disse que esta deve ser encarrada, pelos jovens em formação, como oportunidade para se tornarem refefências e inovar. “Inovação é o casamento entre um problema e a solução que esta tecnologia nos pode trazer”.

Falando sobre Blockchain e realidade aumentada e sobre como elas podem ser usadas em Moçambique, os painelistas defenderam, depois da intervenção de um participante sobre o assunto, que o Blockchain pode ser usado para a gestão de terras, por exemplo, visto ser uma tecnologia que, para além de garantir a autenticidade em transacções, impossibilita qualquer tipo de alteração, controla a informação e evita qualquer tipo de duplicidade de uma vez só.

A realidade aumentada permite, por exemplo, através de um vídeo, possamos ter toda a informação relativa ao conteúdo do mesmo.

A 5ª edição da Feira MOZTECH decorre até o dia 11 de Maio no Centro de Conferências Joaquim Chissano, em Maputo.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos