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Apesar dos choques climáticos que afectaram o tecido produtivo, os primeiros três meses do ano de 2024 foram de estabilidade macroeconómica, a avaliar pelo nível geral de preços, que manteve a tendência de desaceleração, estabilidade cambial e arrecadação de receitas. A avaliação é do Governo, no balanço do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado (PESOE) referente ao primeiro trimestre.

O Balanço do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado referente ao primeiro trimestre de 2024, indica que, “apesar da ocorrência de eventos climáticos extremos, registou-se uma estabilidade macroeconómica interna traduzida pela desaceleração da inflação média para 5,48% de uma projecção do PESOE de 2024, de 7,0%”.

O documento, ainda não disponibilizado para o consumo público, cujo teor foi partilhado na última sessão do Conselho de Ministros, indica, também, o aumento das Reservas Internacionais Líquidas (RIL), para um nível de cobertura de importações de bens e serviços não factoriais de 4,8 meses e uma estabilidade cambial do Metical em relação às principais moedas de transacção.

Em relação aos impostos, o nível de arrecadação de receitas do Estado no primeiro trimestre foi de cerca de 73,3 mil milhões de Meticais, mais de oito mil milhões face à arrecadação registada em períodos homólogos de 2023.

A despesa do Estado “fixou-se em 97 897,8 milhões de Meticais, o correspondente a uma realização de 17,2%”, de acordo com o documento.

O facto é que o balanço do Governo é contrário, em parte, à leitura feita por outros estudos económicos. Por exemplo, o relatório “Indicadores de Confiança e de Clima Económico” do INE sugere constrangimentos na actividade económica, devido à escassez de matéria prima, dificuldade de acesso ao crédito e dificuldade na colocação de produtos.

Para essa encruzilhada, o economista Octávio Manhique entende não se tratar de disparidade de dados e explica que o impacto dos choques climáticos na economia não se faz sentir de imediato, podendo reflectir nos indicadores do segundo trimestre.

O economista, que falava no programa O País Económico, da STV Notícias, considera ser demasiado cedo para mensurar os efeitos dos choques climáticos, até porque a estabilidade que muitas vezes tem caracterizado o início do ano é efeito da estabilidade do exercício anterior.

“A magnitude do impacto destas últimas enxurradas no sector produtivo ainda está por ser avaliada de forma globalizada. Como se sabe, há um distúrbio que afecta, sobretudo, a agricultura, e isso impacta nos preços dos produtos, e todas as análises projectam uma pressão inflacionária devido às eleições, tensão no médio oriente que pode afectar os preços dos combustíveis e outros choques”, explicou Manhique.

Segundo Manhique, o que se espera é que esses indicadores se deterioram ao longo do ano, e o Banco de Moçambique, através da política prudencial, deve conter a inflação.

Nesta senda, os eventos climáticos, “cuja magnitude não tinha sido projectada”, aliados a choques económicos externos, poderão influenciar a falha no alcance da meta de fechar o ano 2024 com a inflação situada em cerca de 5%, para um nível de até 7%, de acordo com o economista.

Como se pode contornar essa eventual subida da inflação e desequilíbrio económico?

Octávio Manhique sugere a tomada de medidas prudenciais “mais cautelosas” por parte do banco central. “O banco central controla a inflação através da taxa de juro de referência. Temos vindo a acompanhar uma redução gradual. Poderia liberalizar de uma só vez, mas foi gradual. Portanto, deve continuar a fazer esse exercício para minimizar esse efeito negativo”, explicou.

 

CONTA GERAL DO ESTADO

 

Outro instrumento mencionado, esta semana, pelo Governo é a Conta Geral do Estado, de 2023. O instrumento, ainda a enviar ao Tribunal Administrativo e à Assembleia da República, avança que a economia nacional registou um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5% em 2023, contra 4,2% registados, tendo contribuído para o desempenho positivo dos sectores da agricultura, indústria extractiva e serviços.

As Reservas Internacionais Líquidas aumentaram de três meses programadas no PESOE 2023, para 4,3 meses de cobertura de importações de bens e serviços não factoriais.

“A arrecadação de receitas em 2023 situou-se em cerca de 326 mil milhões de Meticais, o correspondente a 30% do PIB, contra 28% do PIB registados em 2022. Este desempenho reflecte o impacto das reformas fiscais que visam alargar a base tributária, a diversificação das fontes de arrecadação de receitas e a melhoria da eficiência da Administração Tributária”, diz o Governo.

A despesa do Estado situou-se em 468 242,7% milhões de Meticais e 83,4% das despesas foram financiadas com recursos internos, segundo avançou o Governo.

O Conselho de Ministros avança, ainda, que a taxa de inflação média anual em 2023 situa-se em 7,1%, uma trajectória em desaceleração relativa à taxa média de 10%,3% registada em 2022.

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Uma das primeiras acções do executivo municipal liderado pelo edil Luís Giquira, na cidade de Nampula, foi realizar uma prova de vida de todos os funcionários que constavam da folha de salário. Do trabalho realizado, foram cadastrados 2205 funcionários, dos quais 1011 estavam em situação irregular não especificada; 489 não se fizeram presentes e 39 estavam com visto illegal do Tribunal Administrativo.

A informação foi avançada, hoje, pelo edil, durante a primeira sessão ordinária da Assembleia Municipal. “Nós, logo que assumimos a presidência do Conselho Municipal fomos ver com quem estamos a trabalhar. Fazer o mapeamento dos nossos funcionários e encontramos situações que é preciso fazer alguma investigação. Não estamos a dizer que queremos mandar embora os funcionários do Conselho Municipal, mas queremos saber qual foi a origem da sua contratação”.

Mensalmente, caíam salários nas contas desses funcionários inexistentes, o que denuncia que havia um esquema montado para sacar dinheiro público através de pagamentos por via da folha salarial.

Os judocas Jacira Ferreira e Ayton Siquir encontram-se no Cairo, capital do Egipto, onde vão participar no Campeonato Africano de Judo, que serve de qualificação para os Jogos Olímpicos de Paris, ainda este ano. A prova africana decorre de sexta-feira a domingo.

É mais uma porta que se abre para o desporto moçambicano garantir mais lugares nos Jogos Olímpicos de Paris, através de Judo, que disputa a fase de qualificação este fim de semana. Jacira Ferreira e Ayton Siquir são os judocas moçambicanos que vão procurar garantir o passaporte para França, quando disputarem o africano de Cairo, Egipto.

Jacira Ferreira, que vai disputar a prova na categoria de -52 kg, é a que está em melhores condições de se apurar para a competição interplanetária, uma vez motivada pelos recentes resultados alcançados.

A judoca moçambicana conquistou, no início deste mês de Abril, a medalha de prata no Open de Luanda, em Angola, resultado que melhorou a sua posição no ranking mundial, onde passou da 89ª para a 85ª posição, após somar mais 70 pontos, passando para 331 pontos.

Ferreira continua, assim, entre as 100 melhores judocas no ranking mundial, na sua categoria, sendo a quinta ao nível africano, atrás das judocas de Cabo Verde, da África do Sul, do Senegal,  e dos Camarões.

A judoca de 26 anos de idade tem presença garantida no Campeonato do Mundo da modalidade, em Doha, em Maio próximo , naquela que será a última janela de qualificação aos Jogos Olímpicos, caso falhe nesta janela de Cairo.

Já Ayton Siquir, que vai competir na categoria de -73 kg, terá que surpreender neste africano para garantir a sua qualificação aos Jogos Olímpicos, uma vez que terá adversários muito acima da sua performance.

Siquir ocupa, actualmente, a posição 512 do ranking da Federação Internacional de Judo e terá apenas esta oportunidade para garantir o seu passaporte para Paris.

Os dois judocas estão no Cairo acompanhados pelo seleccionador Edson Madeira e pelo Secretário geral da Federação Moçambicana de Judo, que é o chefe da delegação.

Há quase um ano que as negociações entre os profissionais de Saúde e o Governo iniciaram, mas de Junho de 2023 a esta parte, ainda não houve entendimento. 

Durante uma conferência de imprensa feita esta quarta-feira, os profissionais de Saúde dizem não ter outra saída senão voltar a paralisar as actividades.

A porta-voz da Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUM), Rosana Zunguze, anunciou que os profissionais de Saúde voltam à greve a partir de segunda-feira, 29 de Abril, por 30 dias, porque, segundo contaram, as negociações com o Governo não produziram os efeitos desejados.

Zunguze explicou ao O País que quase todas as exigências contidas no caderno reivindicativo que se encontra com o Governo há 10 meses, não estão a ser cumpridas.

Os profissionais de saúde decidiram retomar a greve porque sentem que, apesar das negociações com o Governo, a situação nas unidades sanitárias está cada vez pior. 

O Grupo de Teatro Luarte vai apresentar, no próximo dia 27 deste mês de Abril, a partir das 18 horas, o espectáculo “Niketche”, na X-Hub, Cidade de a Maputo.

O espectáculo “Niketche” é uma adaptação do romance homónimo de Paulina Chiziane. De acordo com o comunicado de imprensa da X-Hub, o espectáculo teatral “Niketche” traz à tona questões profundas sobre as condições das mulheres na sociedade africana.

Assim, o espectáculo  revela a história de Rami, uma mulher casada que, ao descobrir a traição de seu cônjuge, se depara com não apenas uma, mas várias amantes, cada uma proveniente de diferentes lugares do país.

Na versão do Grupo de Teatro Luarte, “Niketche” é um espectáculo sobre as tradições, os hábitos e costumes moçambicanos. A tônica da história, consequentemente, motivar uma série de debates sobre o lugar da mulher na sociedade e o lugar da sociedade na mulher.

Rasaque Manhique diz que os agentes da polícia municipal que recebem dinheiro ilícito na via pública envergonham a corporação e promete mão dura. Todos os corruptos serão expulsos da Polícia Municipal 

O presidente do Município de Maputo garante que vai afastar todos os agentes corruptos, pois estes não respeitam nem o trabalho, nem a farda que vestem. 

Para o Edil, cada agente deve recordar que está a trabalhar e ao fim de cada mês têm salários, daí que não faz sentido fazer “caça aos estacionamentos irregulares, fazer chantagens aos munícipes com obras irregulares” entre outras atribuições da PM. 

Rasaque Manhique falava hoje numa parada com a Polícia Municipal, depois do episódio em que dois agentes foram flagrados recebendo dinheiro de corrupção.

A fim de expandir a expansão da vigilância de Infecções Respiratórias Agudas (IRA), na cidade de Tete, o Instituto Nacional de Saúde (INS) acaba de capacitar profissionais de Saúde, incluindo pontos focais dos postos-sentinela do Hospital Provincial de Tete (HPT) e outras unidades sanitárias escolhidas.

De acordo com o Instituto Nacional de Saúde (INS), ao todo foram treinados 30 formandos, entre os quais técnicos do sector de vigilância da delegação do INS e dos laboratórios da Direcção Provincial da Saúde e do Serviço Provincial da Saúde de Tete.

Com duração de cinco dias, a formação que decorreu de 15 e 19 de Abril, teve como objectivo de implantar capacidade técnica laboratorial de saúde pública para a testagem das amostras de IRA, incluindo o Vírus Sincicial Respiratório, influenza e SARS-CoV-2.

Durante a sessão de abertura do treino, o Chefe do Departamento de Saúde Pública, Hélder Dombole, em representação do Médico-chefe Provincial de Tete, Xarifo Gentivo, enalteceu o INS pela iniciativa de estender a vigilância àquela província.

Por sua vez, o Delegado do INS na província, Mauro Monteiro, referiu que aquela é a primeira vez que a cidade de Tete acolhe um programa daquela natureza.

O treino foi constituído por um pacote teórico-prático que inclui temas como estrutura funcional da delegação: gestão da vigilância, vigilância das IRA: visão geral e postos-sentinela, gestão laboratorial, relatório de avaliação para selecção dos postos-sentinela, vigilância integrada, entre outros.

Com a capacitação, espera-se que os formandos sejam capazes de capitalizar os conhecimentos adquiridos para a sua implementação no ramo da vigilância.

Mal choveu em Tete este ano. Os agricultores enfrentam uma grave situação de seca. Centenas de hectares de culturas diversas são dados como perdidos devido à escassez da chuva no distrito de Tete. A situação afetou várias famílias camponesas, cujas machambas foram duramente assoladas pela estiagem.

A escassez de chuva afetou igualmente quem cultiva em zonas baixas.

Os campos agrícolas,são irrigados através de uma electrobomba cuja a manutenção e pagamento de combustível, depende das contribuições dos membros da associação.

Queixam-se de estar a somar prejuízos e já preveem dias de crise alimentar.

O “O País” também  visitou campos agrícolas de quatro associações de camponeses na zona de Nhartanda, no Bairro Sansão Muthemba. Isabel Macanasse, agricultora  e presidente da associação Samora Machel na cidade de Tete ,disse  que a produção do milho, devia ser mais alta este ano, mas  enfraqueceu pela falta de chuva.

Acrescentou que neste momento, o regadio nos campos de produção é feito com base em eletrobombas, que vezes sem conta acarretam custos para seu funcionamento.

Sobre o assunto,as autoridades locais ainda não se pronunciaram sobre a iminente crise alimentar em Tete.

A Editora LITHANGU vai lançar o livro de poesia intitulado “Nas Areias Do Tempo “, de autoria do poeta Luís Cezerilo, a trealizar-se no dia 26 de Abril de 2024, no Centro de Conferências Joaquim Chissano, às 17h00.

“O poeta Luís Cezerilo contribuiu na literatura moçambicana com a produção de significativas obras, dentre as quais destacam-se, “Erotismo como Linguagem na Obra de José Craveirinha”; “Obra poética de José Craveirinha e Eduardo White: utopia e liberdade no horizonte do possível”; “A geometria das metáforas”; “Sons para a minha amada” e ainda recentemente “Mar, Espelho Líquido do Infinito”.

Luís Cezerilo é pós-doutorado em Estudos literários pela Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, Campos de Araraquara; Doutor em Letras em Estudos Comparados de Literatura Africana de língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo; possui graduação pela Universidade de Évora; tem várias publicações nas áreas de Sociologia, Literatura e Turismo.

É patrono da Associação Casa Museu Luís Cezerilo. Actualmente desempenha as funções de Presidente do Conselho Fiscal da Associação dos Escritores Moçambicanos.

O grupo TP50 regressa ao Cine Teatro Scala, na Cidade de Maputo, para apresentar dois concertos temáticos, nomeadamente: “Cantar Abril” e “Songs for Shakespeare”. 

 

“Cantar de Abril” será  no dia 8 de Maio e visa celebrar o Dia da Língua Portuguesa e os 50 anos do 25 de Abril em Portugal. O concerto é fruto de uma parceria entre o TP50, Camões – Centro Cultural Português de Maputo e o Cine Teatro Scala.

“Cantar de Abril” narra a história que antecede e precede o 25 de Abril, usando música de diferentes países de língua oficial portuguesa com a temática anti-fascista e anti-colonialista dos tempos da ditadura e da libertação. Não vai faltar a combinação ou diálogo entre essa música e a poesia oriunda de toda a comunidade dos países falantes do português.

Os temas estão a cargo do TP50 e serão interpretados por Xixel Langa, Onésia Muholove, Ana Girão, Deuscio Vembane e Letícia Deozina. O concerto conta ainda com a participação de Maria João e João Farinha, dois artistas portugueses que mantêm uma amizade profunda e colaboram com TP50. A banda é composta por Texito Langa (Bateria), Nicolau Cauaneque (Teclado), Cheny Wa Gune (Timbila e Mbira), Ebenezer Sengo (Guitarra), António Prista (Guitarra acústica), Albano Gove (Baixo), Catarina Rombe (Flauta), Nassito Pascol (Trompete) e Alcídio Pires (Percussão). 

Já no dia 10 de Maio, os artistas portugueses Maria João e João Farinha apresentam o concerto “Songs for Shakespeare”. O espectáculo, já apresentado em vários países, é uma adaptação de textos de William Shakespeare em forma de música e narração, e conta com a participação de Texito Langa (Bateria) e Horácio Guiamba (Texto).

Acompanhada do pianista João Farinha, Maria João vem a Maputo para gravar as faixas do seu novo CD que terá a participação do TP50.

As gravações decorrerão no Estudo Ekaya de 13 a 17 de Maio. As músicas deste CD, que dá pelo nome de Abundâncias, traduzem a descendência moçambicana de Maria João tendo um conteúdo misturado das suas duas Pátrias, Portugal e Moçambique. Na sua maior parte as faixas são novas composições e tem a participação de vários artistas Moçambicanos como José Mucavele, Stewart Sukuma, Xixel Langa entre outros. Poemas de José Craveirinha estão entre as líricas do disco.  A produção do lado Moçambicano está a cargo do TP50.

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