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Padre congolês morto na Beira e português achado sem vida em Maputo

Pessoas ainda não identificadas assassinaram um padre católico na noite do último domingo, na cidade da Beira, província de Sofala. Em Maputo, um cidadão português foi encontrado sem vida em casa, há uma semana.

A vítima, de nacionalidade congolesa, tinha 47 anos de idade e respondia pelo nome de Landry Ibil Ikwel. Estava afecto à paróquia Sagrado Coração de Jesus, há 10 anos.

Landry Ikwel foi esfaqueado na barriga e pescoço dentro da sua própria casa e forçado a consumir produtos tóxicos não especificados, no bairro da Manga.

O Hospital Central da Beira, para onde o padre católico foi socorrido, confirmou que ele chegou com vida mas não resistiu aos ferimentos e ao envenenamento.

“Landry Ikwel foi promotor de um de combate à corrupção na Comunidade de Santo Egídio, instituição dedicada à caridade, evangelização e promoção da paz”, escreveu o “Observador”.  
Em declarações aos órgãos de comunicação social, o Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Sofala disse ter-se deslocado ao local do crime e interagiu com um dos padres que se relacionavam com o malogrado, para averiguar o que se passou.

O porta-voz da corporação, Daniel Macuácua, disse que na residência não foram encontradas evidências de ter havido roubo. A Polícia ainda não tem pistas dos presumíveis assassinos mas promete não descansar enquanto não detê-los.

Já na cidade de Maputo, um português de 42 anos de idade, identificado pelo nome de Alexandre Pamplona, foi encontrado sem vida, em casa, na quarta-feira passada, no bairro do Triunfo. A última vez em que ele foi visto com vida terá sido domingo. O cadáver apresentava sinais de agressão com recurso a uma arma branca.
Foi “uma morte violenta”, segundo o cônsul-geral de Portugal em Maputo, Frederico Silva, à Lusa.

Sobre o facto, o “Observador” avançou que o português vivia sozinho em Maputo e era técnico de som em equipas de filmagem. “O seu último serviço tinha sido feito para o Programa Alimentar Mundial (PAM) após o ciclone Idai, na cidade da Beira”.

A má notícia foi dada a conhecer pelos “amigos e colegas de trabalho que informaram o consulado na noite de quinta-feira e temos mantido contacto com eles, a família da vítima e as autoridades policiais moçambicanas”, esclareceu Frederico Silva, de acordo com a fonte acima referida.  

Enquanto isso, na cidade de Nampula, dois indivíduos de uma empresa de segurança privada encontram-se detidos, acusados de roubo de uma quantidade não especificada de mosaico, numa loja onde a firma a que estão afectos prestava serviços.

Os visados confessaram o crime de que são indiciados e justificaram que enveredaram por tal prática supostamente porque não auferiram os seus ordenados regularmente. Porém, eles não estão isentos da responsabilização. A corporação voltou a apelar às empresas de segurança privada para terem cautela na contratação do seu pessoal.

 

 

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