O partido Renamo saúda a todos moçambicanos pela celebração da passagem do 26 aniversário do acordo geral de paz.
“Esta é a primeira celebração do dia da paz sem a presença física do saudoso Afonso Dhlakama, timoneiro da democracia multipartidária em Moçambique e defensor da paz efectiva para o nosso país”, disse Ossufo Momade, coordenador interino da comissão política da Renamo.
No seu discurso enviado por áudio à nossa redacção, o presidente interino da Renamo disse que a assinatura dos acordos de paz trouxe para Moçambique um novo panorama de democracia multipartidária.
“Foi um marco histórico e importante, mas caracterizado por devacíos próprios de um processo novo para todos. Sentiu-se um ciclo de eleições gerais e locais sempre caracterizadas por fraudes”, disse Momad acrescentando que registaram-se também perseguições políticas, sequestros e assassinatos de quadros e membros da Renamo.
Momad disse ainda que apesar das perseguições a Renamo não vai desistir da sua luta pacífica pela paz, democracia e bem-estar dos moçambicanos.
“Reiteramos o nosso comprometimento para o alcance de uma paz efectiva onde a liberdade de circulação e exercício da cidadania seja uma realidade para todos moçambicanos”
Ossufo lamentou o facto de o processo de campanha eleitoral que decorre desde o dia 25 ser caracterizado por violências. O líder interino da Renamo acusa ainda a Frelimo de estar a engendrar um plano para o dia 10 de Outubro, dia da votação, que poderá requer a intervenção dos rangers da Renamo.
“Temos conhecimento que no dia de votação vão entrar nas áreas autárquicas cidadãos que residem fora das autarquias, assim como, cidadãos zimbabweanos e sul-africanos para votarem na Frelimo”, disse Momade.
Ossufo afirmou que se a Frelimo não der ordem para abortar o plano o seu partido vai usar os rangers para colocar ordem nos ataques que os membros do partido são alvo durante a campanha.
