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Os ases do baralho de Nelito

Na contínua luta por um lugar no olimpo de África, o Ferroviário da Beira assegurou os préstimos dos sérvios Bozo Djumic e Vuc Jovanovic e ugandês/canadiano Robinson Odoch para atacar a Afro Liga de basquetebol, prova cuja primeira fase está agendada para os dias 8 e 10 de Fevereiro. Os vice-campeões nacionais estão inseridos no grupo “C” do qual fazem parte ainda o Ahly (Egipto), 1º de Agosto (Angola), e REG (Ruanda)

Um honroso sexto lugar na Taça dos Clubes Campeões Africanos de basquetebol (2017), um contraste com gráfico do basquetebol masculino nos últimos anos. Pois é: em Radès, Tunísia, o Ferroviário de Maputo deu cartas com quatro vitórias e igual número de derrotas, tendo colocado em sentido o Inter Clube de Luanda.

A ambição, essa, não se fica por aqui. Pudera, no comando técnico há um senhor que já colocou África a seus pés levando o Desportivo (2007 e 2008) e extinta Liga Desportiva (2012) à conquista desta prova em femininos: Nasir Salé.

Na novel competição africana de clubes em masculinos, a Afro Liga, o Ferroviário da Beira quer fazer história. Para o efeito, conta com os préstimos dos sérvios Bozo Djumic e Vuc Jovanovic (fazem as posições 4-5) e ugandês/canadiano Robinson Odoch (posição 2/3).

A direcção do clube está a finalizar as negociações com os atletas, enquanto aguarda pela decisão do patrocinador quanto a participação na prova uma vez que a FIBA pode alterar as datas.
“Estamos a finalizar o processo da sua contratação. Estamos numa fase de formalização para, em princípio, estarem na Beira próxima semana”, confirmou Carlos Crispim, director do departamento de basquetebol do Ferroviário da Beira.

Crispim disse ainda que são atletas “que vão dar mais-valia a equipa” porquanto “carregam consigo experiência e tem qualidade”.

Um cenário que não é de hoje, devido a falta de competições na Beira. Para não variar, os campeões nacionais partem para a edição primeira da Afro Liga de basquetebol sem ritmo competitivo. A ideia era realizar um estágio pré-competitivo na Europa, mas tal não irá acontecer devido a falta de fundos para o efeito.

“Prevíamos fazer estágio na europa, mas isso acarreta custos. Só de passagens, estamos a falar de cerca de 133 mil meticais”, precisou Crispim.

Mas há que fazer das adversidades um factor motivacional para e atingir o objectivo traçado que passa por  “garantir uma boa prestação”.    

O homem forte do basquetebol no Ferroviário da Beira reconhece, no entanto, que “não vai ser fácil jogar com os adversários como 1º de Agosto, Primeiro de Agosto e Al Ahly.

“São adversários muito fortes e com boa estrutura. Mas temos o nosso valor e vamos dar o nosso melhor para dignificar o clube e o país”.
 
 Edilson Tivane reforça Ferroviário da Beira
Jogador com enorme potencial, Edilson “Zikai” Tivane irá representar o Ferroviário da Beira esta temporada, deixando, desta forma, a A Politécnica, instituição que representou nos últimos anos.
Nasir “Nelito” Salé ficou “encantado” com as suas qualidades, tendo levado o base para colmatar a saída de André “Paíto” Velasco, atleta que encerrou ano passado a sua carreira.

Rapidez, boa capacidade de salto e recuperação defensiva são algumas das qualidades deste jogador que, em 2016, fez parte da irreverente equipa d’A Politécnica que sob o comando de Carlos Alberto Niquice ocupou o terceiro lugar na Liga Nacional de Basquetebol.

Em 2018, ajudou a A Politécnica a conquistar a Taça Maputo de basquetebol após esta instituição derrotar na final o Ferroviário de Maputo.

Tivane já representou Ferroviário de Nampula e Instituto Criança, tendo depois se transferido para a Soprotecção de Quelimane, clube do qual deu o salto para A Politécnica.

Em 2010, foi campeão nos Jogos Desportivos Escolares em representação da província de Nampula.

O Ferroviário da Beira não renovou os contratos com o base Ivan Cossa, jogador que vai representar o Costa do Sol, Custódio Muchate e Policarpo Zambeze.

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