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Oradores do MYL sugerem que os jovens aprendam a aproveitar oportunidades

A sessão de debates e partilha de experiências na segunda edição do Mozefo Young Leaders já iniciou. Para o primeiro painel, a organização da iniciativa propôs o tema “Um futuro de oportunidades, igualdade e equidade”. Assim, na abertura, estiveram Pie-Pacifique Kabalira-Uwase, académico, Mariana Agness, CEO da The House of Agness, Filipa Carreira, Directora-excutiva da Wamina, e Benilde Nhalivilo, activista social.   

Os quatro oradores, cada um referindo-se às suas experiências particulares, defenderam que as oportunidades são cruciais no que ao empreendedorismo diz respeito. Nisso, Benilde Nhalivilo destacou que o acesso à informação e à educação são factores de empoderamento muito fortes porque no aí as pessoas e as mulheres, em particular, devem saber o que existe para que saibam o que podem fazer. “Além disso, muitas vezes não temos noção que temos oportunidades todos os dias. Tive a sorte de cruzar com mulheres grandes, que me ajudaram a mudar, de modo que soube aproveitar as oportunidades”, logo, para Nhalivilo, impõe-se que que os empreendedores dêem muito de si e aprendam a explorar as poucas possibilidades de progresso que surgem.

Ora, à parte as sugestões dirigidas sobretudo às mulheres, de longe em maioria no Centro de Conferências Joaquim Chissano, Benilde Nhalivilo afirmou que o sector privado pode dar maior impulso à área social no concernente ao empreendedorismo, de modo que daí surja o movimento capaz de mudar a vida das pessoas. “Em Moçambique 80% da população é jovem, dos quais 40% é dependente. Então, temos que ver como reverter a morte de 15 mulheres por dia vítimas de causa evitais. Precisamos nos conhecer para ver o que cada um de nós pode fazer para melhorar a vida das crianças e dos jovens”, acrescentou a activista social.

Concordando com a importância das oportunidades para a afirmação do empreendedor, Filipa Carreira defendeu que a juventude deve esmerar-se em criar as suas próprias oportunidades, ir atrás das coisas para que possa alcançar o que se pretende: “mesmo que o contexto esteja condicionado contra nós, temos que fazer de tudo ao nosso favor. As políticas, neste contexto, são fundamentais, mas não vale a pena ter políticas se não as implementarmos. Precisamos ter responsabilidade para inspirar as pessoas”.

Outra oradora deste primeiro dia do Mozefo Young Leaders, Mariana Agness, CEO da The House of Agness, começou por dizer que no âmbito do empreendedorismo nunca se sabe o que vai acontecer do dia seguinte. Por isso advertiu aos jovens para que sempre estejam preparados para alguma coisa a emergir. E preveniu: “Os desafios são muitos, mas nunca devemos perder a fé e a vontade de aprender. A força de vontade é fundamental para que se ultrapasse as dificuldades atinentes à abertura de empresas no país. É muito difícil. Segundo, ainda há preconceitos em relação às qualidades da mulher na negociação. Também a esse nível devemos lutar para vencer esses condicionalismos”.

Por fim, no painel subordinado ao tema “Um futuro de oportunidades, igualdade e equidade” Pie-Pacifique Kabalira-Uwase frisou que aprendizagem e perseverança não se podem dispensar na busca do sucesso pelo empreendedor.

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