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Operadores turísticos desafiados a impulsionar turismo doméstico

O sector do turismo contribui com 2.3 por cento para o Produto Interno Bruto. Carlos Agostinho do Rosário considera que esta percentagem está aquém do potencial existente no país e apela ao trabalho em conjunto para melhorar receitas.

O primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, desafiou os intervenientes na indústria turística a criarem pacotes que estimulem o turismo doméstico. Na sua visão, pode desempenhar um papel importante na geração de receitas e postos de trabalhos, associado a necessidade de disseminação da cultura nacional.

“O turismo doméstico traz a vantagem de manter a actividade turística durante todo o ano, pelo que há que conceber pacotes que atendam às necessidades de um número cada vez crescente de cidadãos nacionais que se deslocam para diferentes pontos do país em actividades de lazer, negócios, eventos culturais, desporto, entre outros”, referiu.

Actualmente, o turismo contribui com 2.3 por cento para o produto interno bruto, percentagem que está muito aquém do potencial de Moçambique, de acordo com Carlos Agostinho do Rosário. “Esta percentagem desafia a todos nós, uma vez que o nosso país possui enorme potencial turístico, desde as belas praias e atracções costeiras, à fauna e floras distintas do ecossistema moçambicano e a rica história e cultura do nosso povo. Acreditamos ainda que este sector devia empregar mais do que os actuais 61 mil trabalhadores, dada a natureza da actividade turística que pode envolver desde as pequenas, até as grandes empresas”, disse.

O primeiro-ministro falava, ontem, na abertura da primeira sessão do Fórum de Turismo, uma plataforma de consultoria do Governo, onde serão debatidas matérias ligadas ao desenvolvimento do sector. O fórum também irá traçar estratégias e programas para facilitar a movimentação de turistas entre os países e direccionar o investimento turístico nacional.

Com vista a impulsionar a indústria turística, foi aprovado, neste ano, O Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Turismo 2016-2025. Este plano tem por objectivo tornar Moçambique num destino cada vez mais dinâmico e atractivo no mundo e África, em particular. Foi ainda aprovado o visto de fronteira e de investimento, com objectivo de facilitar o movimento de turistas estrangeiros que entram no país.

Do Rosário apontou o ordenamento territorial como um dos obstáculos para o desenvolvimento do turismo em Moçambique. Como forma de melhorar este cenário foram escolhidos alguns destinos turísticos para serem requalificados e a Baixa da Cidade de Maputo será pioneira. “ Pretende-se começar com acção piloto na Baixa de Maputo, para posteriormente estender-se esta experiência para outros destinos turísticos nomeadamente: a faixa de Vilankulo e Inhassoro, incluindo o Arquipélago de Bazaruto; o Parque Nacional da Gorongosa, associado à Reserva Nacional de Chimanimani; o Arquipélago das Quirimbas; o Lago Niassa e a Reserva do Niassa”, concluiu o primeiro-ministro.

Moçambique subiu oito lugares no Índice de Competitividade de Viagens e Turismo, tendo saído da posição 130, em 2015, para 122 em 2017, num universo de 141 países.

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