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ONU defende congelamento da dívida em África

A Organização das Nações Unidas defende num relatório publicado esta quarta-feira, em Nova Iorque, intitulado “Resposta abrangente das Nações Unidas à COVID-19: Salvando vidas, protegendo sociedades e recuperando melhor”, o congelamento da dívida em todo continente africano.

Segundo a ONU, citado pela Lusa, África precisa de cerca de 169 mil milhões de euros para ultrapassar as dificuldades trazidas pela COVID-19.

O relatório sublinha “a importância do congelamento geral da dívida para os países africanos, bem como um pacote de resposta global equivalente a pelo menos 10% do Produto Interno Bruto”.

“Para a África, isso significa mais de 200 mil milhões de dólares, para uma resposta eficaz e bases para a recuperação”, sublinha a ONU.

Segundo a organização, “os riscos para o continente africano são consideráveis, com testes baixos, saneamento precário e capacidades médicas limitadas e dificuldades na aplicação de medidas de distanciamento físico e sanitário”.

A ONU, que reúne 193 Estados-membros, prevê que a população do continente africano terá de enfrentar, como consequências indiretas da pandemia, insegurança alimentar, perda de rendimentos e meios de subsistência, uma crise da dívida e riscos políticos e de segurança.

O relatório destaca ainda que, em Julho, os países africanos já tinham implementado um total de 245 medidas sociais e económicas.

O relatório publicado hoje destaca que o mundo ainda está na “fase aguda” da pandemia de COVID-19, uma “crise humana” que merece o “maior esforço de saúde pública da história”.

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