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Obras do Nó de Tchumene retomam em Julho após paralisação de seis meses

A construção do elo de ligação entre a Estrada Circular de Maputo e a Estrada Circular de Maputo, conhecido como Nó de Tchumene, vai retomar no mês de Julho.

As obras estão paralisadas desde Janeiro deste ano devido à falta de consensos entre a Empresa de Desenvolvimento Maputo-Sul, responsável pelas obras da “Circular” e empresas que serão afectadas pelo traçado da infra-estrutura.

É que uma parte do Nó de Tchumene vai sobrepor-se a espaços de três empresas e suas infra-estruturas. Entretanto, há quatro meses as partes não chegam a acordo sobre as compensações. Só nas últimas duas semanas surgiu a primeira luz verde.

“Tivemos progressos. Já estamos a preparar condições para demolir o muro deles (uma das empresas) e fazer uma vedação provisória”, explica o PCA da Maputo-Sul, Silva Magaia.

Mas este avanço não é suficiente para a retomada das obras. Outra empresa vai perder um hectare de terra e além de ser compensada em dinheiro, exige um outro espaço de um hectare ao longo da EN4, bem como acesso à estrada. Exigências difíceis de ceder, segundo a responsável pela “Circular”.

“Não é um problema de espaço. É um problema de segurança rodoviária. Os nossos técnicos já tentaram três ou quatro alternativas mas as negociações estão difíceis”, diz Magaia, que, contudo, assegura que nas próximas semanas as obras vão continuar.
Complicado também está a ser afastar uma conduta de gás da empresa Matola Gás Company e um cabo de fibra óptica, que passam pelo local. Inicialmente uma empresa sul-africana estimava que seriam necessários 3.5 milhões de rands para operação mas o valor baixou para menos de um milhão, o que está a permitir esta operação.

Meio a falta de consensos, a Maputo-Sul garante que até Julho estarão ultrapassados todos os diferendos (remoção da conduta de gás e compensação das empresas afectadas) e as obras vão mesmo retomar.  

“Tchumene”: o centro das polémicas

O Nó de Tchumene é uma das estruturas mais polémicas de toda a “Estrada Circular de Maputo”. Desde o arranque das obras da estrada em 2012, o nó, que liga a “Circular” à Estrada Nacional Número Quatro, nunca avançou devido a desentendimentos entre a sul-africana Trans African Concession, concessionária da EN4 e a Maputo-Sul. Após quatro anos de avanços e recuos, o diferendo foi ultrapassado em Agosto do ano passado mas até agora praticamente nada se materializou.  

 

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