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Obras avaliadas em mais de 29 milhões de meticais paralisadas na Zambézia

O Governo distrital de Mocubela acusa o empreiteiro, SC Engenharia e Construções, Lda, de abandonar as obras sem dar explicações sobre o problema.

As obras de construção do sistema de abastecimento de água do distrito de Mocubela, província da Zambézia, financiadas pelo Departamento de Fundos Internacionais do Reino Unido (DFID), estão paralisadas desde Fevereiro.

Os trabalhos de construção iniciaram a 7 de Janeiro de 2019 e o prazo de entrega estava previsto para 6 de Janeiro de 2020.

No terreno, pode-se constatar que as obras pararam depois de pelo menos 52% de execução, tal como referem os serviços distritais de infra-estruturas.

Mocubela é um distrito com problemas de lençol freático para abertura de furos de água. Aliás, o interior do subsolo apresenta rochas, situação que complica a provisão de água na vila.

Quando o empreiteiro, que ganhou o concurso, iniciou os trabalhos, depois de estudos feitos indicarem facilidade de água no local da construção do sistema, foi um alívio para a população residente.

“Nós, como Governo distrital, estamos preocupados com a situação, o empreiteiro abandonou as obras de construção no mês de Fevereiro sem dar informações sobre o assunto”. disse Jaime Macuvela, Director dos Serviços Distritais de Infra-estruturas (SDPI) de Mocubela.

O governo distrital contactou o fiscal da obra e continua a aguardar pela solução deste problema.

O Director distrital vai mais longe ao afirmar que o empreiteiro já recebeu fundos muito acima dos 50% do valor total.

Mesmo com o último pagamento feito no mês de Fevereiro deste ano, segundo o director, o empreiteiro não deu andamento da obra. Por essa razão, uma equipa do distrito vai, nos próximos dias, deslocar-se ao Departamento de Água da Direcção Provincial das Obras Públicas e Habitação para o esclarecimento do caso.

O referido sistema de abastecimento de água da vila distrital de Mocubela está projectado para abastecer 4 mil consumidores dos 6 mil habitantes residentes na vila.

Contactado telefonicamente, o empreiteiro disse que metade da obra está executada, sendo que falta construir nove quilómetros da rede de distribuição e a construção dos furos.

“Não é verdade que abandonamos as obras, pois só falta fazer a rede de distribuição e furos. Neste momento, estamos a discutir aspectos técnicos para a próxima fase”, disse Fled Cambala, empreiteiro da obra.

A população, que tinha esperança de ver o problema de água minimizado na vila, pede intervenção do Governo da província.

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