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O ano novo chegou para todos mas nem todos podem festeja-lo

Muitos sem abrigos da cidade de Maputo não alteraram suas rotinas por ocasião da transição do ano. Sem festa, estes dizem que só comem o que pessoas de boa vontade oferecem.
 
O ano novo chegou para todos mas nem todos podem festeja-lo. Alberto Chavanguane é um deles. Vive na praça 25 de junho em casa feita de sacos e papelão. Tem 74 anos de idade está aqui há mais de 20. Desde essa altura que não celebra festa alguma. Este ano não foi diferente.

Já teve casa no bairro Luís Cabral que foi destruída quando estava na tropa e diz ter sido desmobilizado no ano em que morreu Samora Machel. Não tem pensão, tem um filho em Catembe do qual não recebe nenhum auxílio e nem da acção social governamental.

E se Alberto Chavanguane tem uma casa de pouco mais de um metro de altura, todos os bens que Ibrahimo tem são os expostos numa vedação. Ibrahimo também e um sem-abrigo e não teve festa.

Mais agastado e frustrado está o seu amigo Raimundo, para quem a sorte lhe tem sido madrasta muito por culpa da falta de emprego no país.

As praças e jardins da cidade foram os locais escolhidos por muitos sem abrigo  para passar o dia que para muitos foi de convívio com amigos e familiares.

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