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Nyusi quer mulheres a dinamizar a economia nacional

O candidato da Frelimo tirou o dia de hoje para se reunir com diferentes grupos sociais. Reuniu-se com portadores da deficiência e depois com mulheres. Às mulheres o candidato disse que nos últimos cinco anos houve esforço de garantir que mais mulheres ascendessem aos cargos de direcção a diferentes níveis, apontou a indicação de mulheres para dirigir o Conselho Constitucional, a Assembleia da República, a Autoridade Tributária, a Procuradoria Geral da República, para além de diferentes ministras, vice-ministras e governadoras, reitora e vice-reitoras de universidades públicas.

Filipe Nyusi disse que ao nível do ensino superior há cada vez mais mulheres a frequentarem mas é nos outros subsistemas de ensino onde a paridade é visível. A média tem sido de 50% de mulheres a frequentar o ensino primário e até secundário e há casos em que o número de raparigas chega a superar o de rapazes.

Ao nível económico Nyusi diz não haver dúvidas de que a mulher comanda a economia informal do país, por isso, no próximo ciclo de governação e se for a vencer a eleição vai empenhar-se para as mulheres tenham facilidades para aceder a financiamento, anunciou a criação de pacotes específicos para pequenas e médias empresas pertencentes a mulheres que poderão ainda beneficiar de facilitação no acesso a oportunidade de negócios nos mega-projectos.

Antes reuniu-se com pessoas portadoras de deficiência e disse ter havido avanços na melhoria da situação daquele grupo vulnerável a vários níveis. Disse que a sua administração alocou mais de 27 mil meios de compensação, 900 deficientes beneficiaram de formação técnico-profissional, 20 mil agregados familiares chefiados por deficientes receberam assistência social.

Nyusi disse estar em produção o livro da primeira classe em braile para ser distribuído gratuitamente a crianças com deficiência visual e há nove escolas especiais no país que atendem quase 370 crianças com necessidades especiais. Mais de 650 alunos frequentam escolas regulares e centros de recurso de educação inclusive.

Para o próximo quinquénio se vencer as eleições, o Governo de Filipe Nyusi vai empenhar-se na melhoria do quadro legal que protege a pessoa com deficiência, mas também a remoção de barreiras que dificultam aquele grupo social de alcançar os seus propósitos. E para mostrar o seu interesse nestas matérias anunciou que entre os candidatos da Frelimo para a Assembleia da República há duas jovens, uma com deficiência física e outra com albinismo que concorrem pelos círculos eleitorais de Tete e Cabo Delgado.

Os deficientes também deixaram ficar algumas preocupações que gostariam de ver incluídas no manifesto eleitoral da Frelimo, nomeadamente, a isenção fiscal na importação de meios de compensação, a permissão de surdos para conduzirem viaturas, a criação de quotas para deficientes serem eleitos nas Assembleias da República, Provincial e Distrital, o acesso a emprego e melhorar o acesso à educação, ao transporte público e aos edifícios públicos e privados.

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