O País – A verdade como notícia

Nyusi adverte a nova direcção: “SISE não recebe dois comandos”

O Presidente da República alerta que o Serviço de Informação e Segurança do Estado não deve obedecer a dois comandos, deve sim cumprir o seu papel de proteger o Estado, para travar o terrorismo, raptos e branqueamento de capitais. É com esta mensagem que Filipe Nyusi conferiu posse, hoje, ao novo director-geral do SISE e seu adjunto

Dos empossados, o destaque vai para Bernardo Tshombe Constantino Lidimba, que passa a ser o responsável máximo do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE).

Assume a pasta de director-geral da secreta moçambicana, depois de ter ocupado vários cargos de relevo. Em 2018, foi indicado alto-comissário da República de Moçambique no Quénia. Mas antes, em 2016, tinha sido nomeado chefe do Protocolo do Estado.

Lidimba substitui, no cargo de director-geral do SISE, Júlio Jane, que ocupava esta pasta desde Outubro de 2017.

O novo director-geral é desafiado a travar o terrorismo, com a recolha de informação útil para erradicar o mal, que, desde 2017, está a abalar a província de Cabo Delgado.

Filipe Nyusi, que conferiu posse ao novo dirigente do SISE, afirma que o país vive momentos em que ocorrem novas tendências de ameaças, que se manifestam de diversas formas, a título de exemplo, “o terrorismo e extremismo violento, a corrupção, nas suas diferentes formas, a exploração ilegal, desregrada e insustentável dos recursos naturais, ao crime organizado transnacional, ao branqueamento de capitais, narcotráfico, fuga ao fisco, pirataria marítima, migração ilegal, raptos e assaltos à mão armada”.

Por isso, Nyusi entende que a nova direcção da secreta, ao cumprir de forma cabal a sua missão, concorre “para a prevenção de todos os males que atentam contra a Constituição”.

Bernardo Lidimba será coadjuvado por Joia Haquirene, que também tomou posse esta quarta-feira como director-geral-adjunto do SISE, uma casa que bem conhece, afinal, é quadro desta instituição há anos.

Nyusi quer que os dois dirigentes sejam capazes de organizar o SISE sem dar espaço para servir outros interesses, que não sejam do Estado.

“O crime é o alvo número um. A qualidade do vosso trabalho depende muito da vossa proactividade e disciplina. O agente do SISE não recebe dois comandos. Organizem a vossa casa”, desafiou.

Falando logo após a tomada de posse, Lidimba disse que o terrorismo não se trava com palavras, entretanto espera que, com o SISE sob sua direcção, este mal fique para a história.

“É um mal que assola toda a sociedade que acredito que vamos acabar”, diz Lidimba.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos