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Nyusi promete proteger produtos nacionais

Terminou hoje o périplo de quatro dias que o candidato da Frelimo realizou na província de Tete em mais uma acção de caça ao voto, com a realização de um comício concorrido no campo do Grupo Desportivo de Tete. Nyusi fez um resumo das mensagens que deixou nos comícios anteriores realizados em Tete nos sete distritos que visitou desde a passada Sexta-feira.

A mensagem centrou-se em cinco aspectos, criação de empregos, financiamento à agricultura, industrialização, uso sustentável dos recursos naturais e formação e capacitação do capital humano. “Nós vamos incentivar o sector privado para poder criar postos de trabalho, vamos industrializar o país, vamos mobilizar os investimentos, vamos apoiar a agricultura para podermos ter trabalho e emprego, então, os que conseguirem emprego, devem respeitar e os que não conseguirem, o Governo que vamos criar será um Governo orientado para o trabalho, todos ministérios tem que saber que a primeira coisa é Homem, trabalhar para o Homem, nos primeiros cem dias vamos apresentar o nosso projecto nesse sentido, então no próximo ciclo todos nós temos que trabalhar, o professor tem que trabalhar, trabalhar significa também ensinar bem, não faltar, enfermeiro também tem que trabalhar" prometeu.

Por outro lado e uma vez que o desafio é aumentar a produção, Nyusi acredita que haverá no país maior disponibilidade de diversos tipos de produtos que actualmente o país importa, dai que vai adoptar uma política de protecção à indústria e produção nacional, mas alertou que tal passa pelo aumento da produção, pelo que não poderá antes de por exemplo, suprir o défice do açúcar, do frango, do arroz, entre outros produtos, mandar impedir a sua importação.

Por outro lado diz que pretende estimular as exportações, dai que as suas viagens para o exterior irão se centrar na busca de mercados para os diversos produtos de que o país deverá ser excendentário. Para já diz estarem assegurados dois mercados para o tabaco, gergelim, feijão-boer e açúcar. Mas quer que os produtos nacionais sejam exportados para muitos outros cantos do mundo.

Voltou a reiterar que para se alcançar esses propósitos é preciso haver paz, até porque segundo ele os países que são tidos como ricos, essa riqueza resulta de muito trabalho e não de pessoas que passam a vida a murmurar e a promover conflitos armados. E deu exemplo de países da região em que Moçambique é uma excepção em relação de conflitos militares cíclicos.

“Em 2014 vocês mandaram-me trabalhar para a paz, e fui chamado de mwana-mwana, agora, trabalhamos ou não para a paz? Então todos dias quando dormíamos e acordávamos era só intendere, intendere, intendere, começamos a correr de um lado para outro, Gorongosa fomos, Chimoio fomos, fomos para fora do mundo para ir a procura dessa paz. Agora no próximo ciclo é o ciclo que nós temos que desenvolver a cultura de trabalho, e aqui há duas coisas, o emprego que pedimos na Vale, Cahora Bassa, na escola para ser professor, mas também há trabalho, e trabalho para Moçambique existe”.

Para o dia 15 de Outubro o candidato da Frelimo pediu em Tete uma vitória eleitoral expressiva e que não deixa margem para dúvidas “combinamos aqui em Moatize, há vezes que o resultado da ruídos, da barulho. Quando começa a ganhar dois a um, até que é mais ou menos, mas quando ganhas 5 a 4, eu ganhei com 5 e outro 4, começam a dizer que lhe roubaram, diz que não, eu é que joguei bem mas o árbitro apitou mal, mas para evitar isso, Tete, é só golear, txaiar, e qual é o resultado? 5 a 0”.

E aproveitou a ocasião para explicar aos presentes o sentido do lema da sua campanha “eu ouvi quando entrei, é contigo que da certo, eu também canto,  é contigo que dá certo. Acho que alguns já sabem, pois em algum dia já estive com eles, com quem dá certo de facto? Se Tete não votar na Frelimo dá certo? Se Tete não votar no pai Nyusi porquê você vai dizer é contigo que da certo?, se eu não estou lá. Então dá certo primeiro comigo mesmo, eu é que devo votar para dar certo, então cada um pega no seu peito e diga é comigo que dá certo. Mas não chega, se a minha mãe e o meu pai não votarem, dá certo? Se o teu marido e a tua esposa não votarem dá certo? Teu irmão e vizinho não votarem dá certo? Então é preciso que todos nós votemos. Acho que em Tete com essa gente toda a votar não haverá problemas aqui, hão-de tentar explicar mas esses meus amigos da imprensa tiraram imagens, aquele que discutir é por teimosia”, disse.

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