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Nyusi diz que combater terrorismo é um imperativo para conquistar investimentos para o país

Foto: O País

Arrancou hoje, em Ricatlha, Marracuene, a 56ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM). A cerimónia de abertura foi orientada pelo Chefe de Estado, Filipe Nyusi, que se fez acompanhar pelos ministros dos Transportes e Comunicações; da Indústria e Comércio; do Mar, Águas Interiores e Pescas, entre outros dirigentes.

Depois de proceder à inauguração da feira, Filipe Nyusi visitou e interagiu com os representantes das várias empresas, entre públicas e privadas, perfiladas nos stands.

No seu discurso, Filipe Nyusi destacou que a FACIM é uma plataforma que tem em vista potenciar as exportações e atrair investimentos para o país.

Agradeceu aos participantes por aceitarem o desafio de organizar o evento num “contexto adverso da COVID-19″.

Filipe Nyusi disse esperar que a presente feira se traduza em aumento das trocas comerciais, troca de experiências e aumento de investimentos no país.

Do seu Governo, Nyusi garantiu aos investidores nacionais e estrangeiros esforços para redução de barreiras para facilitar o ambiente de negócios. Mais do que isso, o PR reiterou que está empenhado em lutar para restaurar a paz através de “acções concretas para acabar com o terrorismo”, frisando que “os resultados até aqui alcançados abrem boas perspectivas para o desenvolvimento dos negócios em Cabo Delgado e no país no geral.”

O Chefe de Estado disse, ainda, que o executivo está atento ao fenómeno e que tem consciência da sua complexidade. Falou ainda dos esforços para devolução da tranquilidade na zona centro do país, através da conclusão do dossier DDR, facto que poderá impulsionar o ambiente de negócios naquela região.

O Presidente da República deixou, também, recomendações aos empresários nacionais e entidades do Estado. “Temos que garantir a internacionalização das empresas nacionais, para que a nossa marca e os nossos produtos sejam conhecidos noutros países. As embaixadas são chamadas a ter um papel mais interventivo nesse sentido para a dinamização dos negócios.”

Noutro desenvolvimento, defendeu que a corrupção é um mal a combater, pois “constitui um entrave que pode repelir investimentos estrangeiros”.

 

“SE ACREDITARMOS MAIS EM NÓS PODEMOS FAZER MAIS”, CARLOS MESQUITA

A anteceder a intervenção do Chefe do Estado, o ministro da Indústria e Comércio, Carlos Mesquita, destacou que a FACIM é um evento de referência no país e na região. Mostrou-se satisfeito com o nível de organização desta edição e com as potencialidades apresentadas pelos expositores, tendo, por isso, afirmado que “se acreditarmos mais em nós, podemos fazer mais”.

Depois de, em 2020, o Governo ter decidido pela não realização do evento, Mesquita descreveu que este ano o cenário se mostrou favorável, “por isso, optamos pelo formato híbrido, o que quer dizer que temos expositores aqui fisicamente e os outros expõem os seus produtos de forma virtual. Ao todo, temos 250 expositores, sendo que, por dia, teremos apenas 750 visitantes devido às restrições impostas pela pandemia. O evento conta, ainda, com a participação de 19 países estrangeiros.”

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