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Nyusi diz não querer gerir conflitos nas universidades

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O Presidente da República quer que a UEM se transforme numa universidade de investigação e produção de conhecimento tangível. Falando, hoje, na tomada de posse do novo reitor da universidade e dos vice-reitores da UniLúrio, Filipe Nyusi disse que não quer gerir conflitos internos.

Manuel Guilherme Júnior é o homem que se segue na gestão da mais antiga universidade do país, a Universidade Eduardo Mondlane (UEM). Na cerimónia de tomada de posse, Filipe Nyusi exigiu do novo reitor melhor posicionamento da UEM nos rankings de qualidade de ensino e humildade na sua gestão.

“Apesar de ser a maior e mais antiga universidade do país, a Universidade Eduardo Mondlane enfrenta situações desafiantes e, para continuar a assumir o seu papel de uma universidade mãe, precisa de dinamizar o processo em curso de transformação numa autêntica universidade de investigação e produção de conhecimento. Essa característica deve ser tangível, visível e ficar uma marca da universidade. Procure incrementar a actual posição da UEM nos rankings regional e internacional de qualidade de ensino como uma prioridade. A pandemia da COVID-19 que vivemos nos últimos anos mostrou o quão é necessária a aceleração da digitalização dos processos no ensino superior. Há necessidade de maximizar e potenciar os quadros internos nos órgãos colegiais”, defendeu o Chefe de Estado.

Ao novo reitor da Universidade Eduardo Mondlane, Filipe Nyusi disse que uma universidade deve ser gerida com altos padrões de integridade, “estrito respeito pela lei, pelas normas regimentais internas e compromissos. Não se devem deixar espaços para suspeitas”.

No mesmo evento, Marcelino Liphola foi reconduzido ao cargo de vice-reitor da UniLúrio e Fred Nelson foi empossado também vice-reitor da mesma instituição de ensino. A estes, o Chefe de Estado exigiu trabalho e redução de assimetrias no acesso ao ensino superior no país.

“A UniLúrio é a materialização da nossa política de trabalhar para reduzir as assimetrias regionais, em termos de acesso ao ensino superior. Com a UniLúrio e outras universidades fora da capital do país, pretendemos aproximar o ensino universal aos moçambicanos que vivem e trabalham longe da capital, que actualmente são menos servidos em termos de ofertas educacionais do ensino superior”, disse Filipe Nyusi, para, em seguida, defender que os empossados devem trabalhar em harmonia e com espírito de inter-ajuda, tendo defendido que não quer ouvir intrigas em nenhuma das instituições.

“Não quero receber-vos em audiência, devido a conflitos ou desentendimentos, procurem concentrar-se no trabalho. Privilegiem o diálogo permanente e sempre cobrir todos os moçambicanos com uma e única bandeira, a bandeira nacional. Não queremos ouvir casos de discriminação baseada na religião, discriminação na base da cor da pele e na cor partidária”, terminou Filipe Nyusi.

O novo reitor da UEM garantiu que tudo fará para o crescimento daquela instituição de ensino. “Temos que continuar a melhorar a nossa qualidade e, como disse o Presidente da República, temos que melhorar os nossos rankings e aprimorar a investigação para responder aos desafios do país”, disse Manuel Guilherme Júnior, que sucede a Orlando Quilambo, que vinha exercendo a função de reitor da UEM desde 2010.

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