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“Nós vivemos com muito pouco, quando falsificam bilhetes ficamos sem nada”

O presidente do Grupo Desportivo Recreativo Textáfrica do Chimoio, Michel Ussene, mostrou-se agastado com a falsificação de bilhetes de ingresso ao campo em três jogos dos “fabris do planalto” no Moçambola 2018. Ussene diz que esta situação causou prejuízos avultados ao Textáfrica de Chimoio. “É uma situação muito triste. A polícia está a enveredar esforços para descobrir os autores tanto materiais quanto morais deste crime para que sejam levados à barra da justiça. Nós queremos lançar um apelo aos adeptos e simpatizantes não só do Textáfrica mas também de outros clubes”, apelou.

Michel Ussene indicou, por outro lado, que os clubes sentem enormes dificuldades para sobreviverem devido a crise financeira que atravessam. Ussene disse ainda que é fundamental que os simpatizantes e adeptos pautem por comportamentos que não prejudiquem os clubes. “Nós vivemos com muito pouco. E, quando nos retiram esse pouco, ficamos com nada. E, portanto, quem de verdade é adepto, simpatizante ou mesmo sócio, deveria pagar cotas e pagar o bilhete. As pessoas devem entender a situação financeira, muito difícil, que os clubes atravessam”, lamentou.

O presidente do Grupo Desportivo Recreativo Textáfrica do Chimoio ajuntou que “o nosso único meio de ir buscar dinheiro é com cada uma das entradas que vendemos no dia do jogo”, pelo que “quando nos retiram isso estão a retirar-nos a nossa fonte de suporte de vida!”.

Um dos elementos envolvidos no esquema de falsificação de bilhetes é, curiosamente, um dos jogadores do Textáfrica de Chimoio: Tentinho.

Esta situação deixou, diga-se, surpreendidos a massa associativa e direcção do Grupo Desportivo Recreativo Textáfrica do Chimoio.

“O tratamento que iremos dar ao Tentinho é igual a de outros elementos. Nós estamos muito agastados com esta situação. É uma situação que nos pegou desprevenidos, sobretudo, no caso deste jogador. É um jogador muito querido. É um jogador nosso da cidade de Chimoio, cresceu connosco. Esperemos que a justiça realmente apure os factos. E, sinceramente, eu como presidente do clube gostaria que ele estivesse inocente nesta situação porque, se não estiver, será um balde de água fria muito grande”.

 

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