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Ngulela para “alavancar” Desportivo Maputo

Ajudou o clube a chegar ao Olimpo de África, em 2008, em Nairobi, Quénia. Na altura, treinado por Nasir “Nelito” Salé, o Desportivo Maputo conquistou o segundo título consecutivo na Taça dos Clubes Campeões Africanos de Basquetebol em seniores femininos, tendo como um dos destaques Deolinda Carmen Ngulela. Aliás, a FIBA-África a reconheceu no “Africano” de 2003, uma das melhores bases do continente.

Hoje, e dois anos (2019) depois de ter deixado o Costa do Sol, clube que luta pelo título até pelo grande investimento que tem realizado, Deolinda Carmen Ngulela abraça um projecto completamente diferente.

É verdade: no Desportivo Maputo, a jovem treinadora não só não estará pressionada a chegar ao pódio nas competições em que o clube toma parte como, também, será dada espaço para formar, gradualmente, uma equipa competitiva.

Sem a mesma musculatura financeira do passado, e sem uma equipa equilibrada que dominou o panorama do basquetebol moçambicano durante alguns anos, conquistando tudo o que havia para conquistar (a título de exemplo, com a geração de atletas Anabela Cossa, Kátia Alar, Valerdina Manhonga, Odélia Mafanela, entre outras) o Desportivo Maputo apresenta hoje um plantel muito jovem.

É com estas atletas que Deolinda Ngulela vai procurar transmitir o seu conhecimento para que, daqui a alguns anos, cresçam como atletas e aperfeiçoem as suas qualidades.

Lembre-se que Deolinda Ngulela começou, em 2015, por ser treinadora-jogadora do Costa do Sol, clube na altura presidido por Amosse Chicualacuala.

Ao Costa do Sol, a antiga capitã da selecção nacional levou consigo as atletas Deolinda Gimo, Ilda Chambe, Cátia Alar, Filomena Micato, Eduarda Chongo, Elisabeth Pereira e Valerdina Manhonga, algumas delas campeãs africanas pelo Desportivo de Maputo.

No mesmo ano, o Costa do Sol perdeu na final do Campeonato Nacional com o Ferroviário de Maputo, por 57-51. Já em 2016, mesmo depois de ter voltado a dar réplica, Deolinda Ngulela viu novamente o Ferroviário de Maputo erguer o troféu após vitória por 55-47.

Ngulela conduzira, em Março de 2017, o Costa do Sol ao título na Taça Maputo com uma vitória sobre o Ferroviário de Maputo, por 60-47.

O que é certo, é que o Ferroviário de Maputo voltou a dominar quer o Campeonato da Cidade (Engen Maputo Basket) quer no “nacional” conquistando todas provas até 2019.

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