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Ngoenha sublinha que o desenvolvimento do país depende do capital humano

“As instituições como pilar de desenvolvimento” foi o tema de um dos painéis do segundo grande fórum MOZEFO, que teve como oradores Severino Ngoenha, Lourenço do Rosário e José Maria Neves, antigo Primeiro-Ministro de Cabo Verde.

Começando pelo primeiro, Ngoenha disse que a principal instituição que Moçambique deve investir para sair dos problemas em que se encontra é a educação, pois, mais do nunca, é tempo de investir no capital humano, de modo a capacitá-los com conhecimento de causa na gestão de recursos. Além disso, o académico opinou que é preciso que se entenda que os problemas do país são de todos e todos devem se envolver para os resolver. Nesse aspecto, segundo Ngoenha, as percepções de todos são fazedoras de equilíbrio e é o equilíbrio que fortalecemas instituições. E disse mais: “ao mesmo tempo que formamos engenheiros, é preciso investir em componentes humanísticas fortes, para que as pessoas saibam estar com os outros. Devemos nos repensar como pessoas e como país, baseados em valores comuns típicos da comunidade. Para o efeito, sugere que elevar a imagem do professor em termos de salários, dignidade e condição ética é fundamental. “As instituições devem ser repensadas de modo que a sociedade corresponda a um projecto do que queremos de Moçambique no futuro”.

Lourenço do Rosário, à semelhança de Severino Ngoenha, professor há muitos anos, concordou que, de facto, a classe docente perdeu relevância, o que contribui para que as instituições percam o sentido patriótico. Criando quadros por via de injecção de maior investimento, acredita Rosário,  pode acabar com os problemas relacionados à distribuição da riqueza.

Intervindo no painel, José Maria Neves lembrou ser prioritária a consolidação das instituições que inspirem confiança às pessoas, abrindo escola para todos. “Esta deve ser a maior aposta dos países africanos nos próximos tempos. Se tiverem quadros e pessoas capacidades, que saibam canalizar recursos do gás e petróleo para o desenvolvimento e partilhá-los, aí o desenvolvimento é certo”.

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