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Negócio das seguradoras abrandou no 2º trimestre

O volume da emissão dos prémios brutos (prestação paga pelo cliente de seguros) das seguradoras que operam no mercado moçambicano situou-se nos cerca de 3.3 mil milhões de meticais no segundo trimestre de 2019, uma redução em 30,3% face ao registo dos primeiros três meses do ano.

O ramo Não Vida (seguro de automóveis, por exemplo) liderou as preferências dos clientes, ao absorver 2.8 mil milhões de meticais em emissão de prémios brutos entre Abril e Junho deste ano, contra apenas 439.8 milhões de meticais do seguro de Vida, indica o Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique (ISSM), nas suas contas trimestrais a que “O País” teve acesso.

Comparativamente ao trimestre anterior, o ISSM refere que houve redução em 31,7% no ramo Não Vida e 18,8% no Ramo Vida.

Em termos acumulados, o volume do negócio das seguradoras atingiu o valor de oito mil milhões de meticais ao longo dos primeiros seis meses do corrente ano.
A seguradora estatal Emose fechou o semestre como líder do mercado, com uma quota de 20,8%, seguida pela Hollard (15%) e ICE com 13,3%. A seguradora Fidelidade ficou-se pela última posição (19º lugar) com uma quota de mercado de apenas 0,05%.

CUSTOS COM SINISTROS

Apesar do abrandamento do volume de negócios das seguradoras no segundo trimestre, os custos com sinistros aumentaram no período em análise.

De acordo ainda com o Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique, os encargos com sinistros foram no valor de 2.5 mil milhões de meticais entre Abril e Junho, contra 2.3 mil milhões de meticais. Em termos acumulados, ou seja, durante o primeiro semestre, os custos situaram-se nos cerca de 4.8 mil milhões de meticais.

Refira-se, que em 2018, a produção global de seguros totalizou cerca de 13.158,9 milhões de meticais de prémios brutos emitidos, correspondendo a um aumento de 1%, face a 2017.

No período, o resultado líquido do exercício da actividade de seguros apresentou um lucro de 1.479.9 milhões de meticais, sustentado pelo bom desempenho da conta técnica Não Vida.

No mesmo exercício, o índice de sinistralidade do ramo Vida, situou-se em cerca de 34,7%, apresentando uma redução de 9,3 pontos percentuais, contra 49,8% do ramo Não Vida, revelando uma redução de 2,4 pontos percentuais em relação a 2017.

 

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