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NATO acusa Rússia de “conduta irresponsável” com alerta nuclear

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) acusou ontem a Rússia de ter uma “retórica perigosa” e uma “conduta irresponsável” por ter colocado a força dissuasora nuclear do seu exército em alerta máximo.

“Esta é uma retórica perigosa. É uma conduta irresponsável”, disse Jens Stoltenberg à televisão norte-americana CNN, citado pela agência francesa AFP.

De acordo com o secretário-geral da NATO, a nova declaração de Putin vem juntar-se à retórica “muito agressiva” evidenciada por Moscovo “durante vários meses e, particularmente, nas últimas duas semanas”.

“Não estão apenas a ameaçar a Ucrânia, mas também os aliados da NATO e exigem que retiremos todas as nossas forças armadas do flanco oriental da Aliança”, acrescentou Stoltenberg.

Também os Estados Unidos criticaram a ordem de Putin e acusaram o líder russo de estar a fabricar ameaças que não existem”.

“Em momento algum a Rússia foi ameaçada pela NATO ou pela Ucrânia. (…) Resistiremos a isto. Temos a capacidade de nos defender”, disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.

Numa outra entrevista transmitida ontem pela BBC, Stoltenberg apelou também aos Estados membros da NATO para se unirem face à “retórica ameaçadora” de Moscovo.

“A nossa mensagem é muito clara: os países da NATO defendem-se e protegem-se uns aos outros. A NATO não quer guerra com a Rússia, não estamos à procura de confrontação”, disse o antigo primeiro-ministro da Noruega.

“Somos uma aliança defensiva, mas que não haja mal-entendidos ou erros de cálculo sobre a nossa capacidade de defender aliados face a possíveis ofensivas russas”, afincou.

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