O País – A verdade como notícia

Mulheres em instrução na Escola Prática de Matalana engravidadas pelos instrutores

15 instruendas da Escola Prática da Polícia de Matalana, na província de Maputo, foram engravidadas pelos seus instrutores. A associação moçambicana dos polícias condena o facto e diz que o Comando-Geral deve se pronunciar sobre o assunto

É um caso que o Ministério do Interior queria gerir internamente sem tornar público apurou “O País”, mas o assunto veio ao debate depois do despacho do Gabinete do Comandante-Geral da PRM ter circulado, dando conta que 15 instruendas, em Matalana, Província de Maputo, foram engravidadas pelos seus instrutores.

Na sequência, o Comandante-Geral da PRM, Bernardino Rafael, decidiu pela “instauração de processos disciplinares contra os respectivos instrutores; a suspensão imediata dos mesmos, e a dispensa das instruendas grávidas na condição de regressarem para o próximo curso”, entre outras medidas que dizem respeito à logística e “acompanhamento que deve ser dado às 15 jovens engravidadas pelos instrutores”.

Entretanto, a Associação dos Polícias de Moçambique entende que as medidas podem ser tomadas, mas é preciso que o Comando-Geral da PRM se pronuncie publicamente sobre o assunto.

“O Comando-Geral da Polícia deve vir a público para esclarecer sobre este assunto, de modo a não permitir más interpretações sobre o centro de Matalana, que pode se pensar que as pessoas vão para lá e aprendem coisas desviantes”, disse Nazário Muananbane que preside a agremiação dos polícias.

O escândalo das instruendas engravidadas em Matalana surge num contexto em que a polícia tem sido citada em diversos escândalos, como o envolvimento em assassinatos, tal é o caso do activista Anastácio Matavel, bem como em excessos na actuação durante o Estado de Emergência, onde pelo menos quatro pessoas foram mortas.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos