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Mulher é vítima de violência doméstica por quase duas décadas

Mulher denuncia violência doméstica que é protagonizada ao longo de quase duas décadas contra si pelo seu marido.

As partes intervenientes desta história vão ter identidade protegida e, por isso, os nomes serão fictícios. Maria, veio de Inharrime, província de Inhambane para Maputo em 1995 e, no ano 2000, começou a vida conjugal com Tinga. Segundo ela este homem prometeu-lhe amor e protecção mas, em 18 anos de convivência, a mulher diz estar a sofrer as várias formas de violência. A física, patrimonial, psicológica, moral e até sexual.

A mulher diz que o homem não presta assistência às crianças. Em 2013 Maria terá recebido uma guia para ser encaminhada ao tratamento de violência psicológica. Dois anos depois o marido escreve uma carta onde compromete-se a canalizar 4000 mil meticais para despesas de casa e mesmo assim não honrou com o compromisso.

Do casal, há três filhos. Um dos quais com necessidades especiais. As crianças são o testemunho da violência que a mãe vive ao longo dos anos.

O Ministério do interior através do gabinete de atendimento a mulher e criança vítima de violência doméstica aponta para uma tendência crescente de incidência de casos de violência doméstica no país. No primeiro trimestre de 2018 registaram-se 6.350 casos e no igual período deste ano foram registados 7.777 casos um aumento em 1.427 casos.

Moçambique tem a Lei Sobre a Violência Doméstica Praticada Contra a Mulher. Trata-se da Lei nº 29/2009, de 29 de Setembro, que consagra expressamente que o crime de violência doméstica é público.

O cenário de violência que acontece nesta família pode afectar o desenvolvimento harmonioso das crianças, diz o psicólogo, Élio Mudender, que defende igualmente a necessidade de tratamento para os envolvidos.

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