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Empresariado destaca necessidade de existirem políticas favoráveis a investimentos

Arrancou, esta quarta-feira, a quarta edição da feira Mozgrow. Na abertura, o PCA da Fundação SOICO, Daniel David, defendeu que o Governo deve criar políticas favoráveis a investimentos. Já a vice-ministra da Indústria e Comércio garante que está em curso um conjunto de reformas para industrializar o país.

O arranque da quarta edição da feira Mozgrow esteve repleto de pessoas que queriam acompanhar o calor dos debates e das exposições de forma presencial.

E não é para menos. As anteriores duas edições foram virtuais, por conta das restrições impostas pela COVID-19.

Antes mesmo de se iniciarem os debates, o presidente do Conselho de Administração (PCA) da Fundação SOICO (FUNDASO), Daniel David, foi chamado a deixar algumas notas introdutórias. E nelas, lembrou o papel de cada interveniente para a promoção do agro-negócio.

 “Muitas vezes, tem dominado o conceito de ‘centralização’, apenas, no papel do Governo, como se o Governo tivesse que produzir. Quem tem que produzir são os empresários. O Governo tem que facilitar. O Governo tem que ajudar, colocando políticas favoráveis ao investimento dos empresários”, defende o PCA da FUNDASO.

Para Daniel David, com adesão à Mozgrow, os empresários transmitem uma mensagem de prontidão para continuar a competir e a inovar, mesmo diante de adversidades.

A vice-ministra da Indústria e Comércio é que esteve na abertura a representar o Governo. Ludovina Bernardo diz que o Executivo está ciente da importância de uma indústria forte para reduzir a dependência. Aponta a Inglaterra como exemplo, que deixou de ser um mero exportador de matérias-primas para se transformar num país industrialmente avançado.

“Para conseguir tal desígnio, colocou em marcha uma série de legislação para proteger e apoiar as indústrias nacionais da concorrência estrangeira e, acima de tudo, para a melhoria do ambiente de negócio como um factor principal”, detalha Ludovina Bernardo, para depois explicar que, no contexto de Moçambique, o caminho “para a industrialização se chama Programa Nacional Industrializar Moçambique, que pretende dar foco ao desenvolvimento rural inclusivo” por via da expansão das oportunidades do mercado para os produtores agrícolas.

“Igualmente, o programa tem como finalidade a diversificação da estrutura económica do país, a melhoria da balança comercial através de importações e agregação de valor aos produtos nacionais, transformados em produtos diferenciados de alto valor”, acrescenta Bernardo.

A governante reconhece que a indústria precisa de infra-estruturas de padrão internacional, aposta no conteúdo local, o agrupamento de indústrias e a aposta em laboratórios para o avanço do agro-negócio no país.

 

Ludovina Bernardo aproveitou a ocasião para visitar a exposição e, de perto, ver o que o país melhor produz. A governante foi-lhe oferecido, por um produtor, um saco de arroz produzido em Magude, Província de Maputo. Deu ainda tempo para saborear o café Chimanimani, produzido em Sussundenga, província de Manica.  

Ludovina Bernardo diz ainda que a Mozgrow encoraja a criação de um ambiente favorável ao investimento e diz mesmo que a feira é oportuna, relevante e actual.

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