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Moçambola por terra cada vez mais… aéreo!

Para se desenvolver o desporto, fica claro que cada passo que damos, tem que ter em conta a situação do país e os avanços dessa actividade no Mundo.

No futebol, não podemos e nem devemos ficar '”embebedados” com os avanços – tecnológicos e não só – que nos chegam e que noutras latitudes permitem aos atletas de alto nível, atingir patamares quase inacreditáveis, graças a um conjunto de meios que não estão ao nosso alcance.

Sonhar não é pecado. Mas a “macaquice de imitação” a que assistimos, só nos tem afundado nos “rankings”.

KMS do Moçambola: os de lá e os de cá

Há exigências da FIFA via CAF, que impõem obrigatoriedade no que toca a campos, equipas da formação, contabilidade organizada e outras, para se fazer alta competição. Entre nós, só um diminuto núcleo dos clubes atingiu.

Mas todos querem estar no Moçambola, chegar ao título para representar o país, sem satisfazer as exigências básicas.

De uma vez por todas, importa que fique claro que para se tomar parte na mais alta competição de qualquer país, não basta querer. É necessário também poder.

Os grandes clubes, que se impõem em de todo o mundo, representam regiões ou associações com tradição e mística, consolidada ao longo de décadas ou mesmo de centenários!

Temos, no nosso país, exemplos mais do que suficientes de clubes que nasceram por geração espontânea, fruto de entusiasmos ou  de endinheirados de momento, que “sobrevoaram” o Moçambola e rapidamente desaparecerem do panorama e da memória dos moçambicanos. Dois exemplos”: Wan Pone e Atlético Muçulmano.
Agora, com culpas repartidas entre clubes, Liga e Federação, após a promessa de um tipo de campeonato, vamos ter um Moçambola terrestre, nas ¾ partes do que falta jogar, mas cada vez mais aéreo. Ninguém pode prever o final desta aventura, num cenário de milhares de quilómetros num vasto território em que as estradas esburacadas e a má condução, são como que o pão nosso…
Previsões?
Os dirigentes de topo da prova, não vão acompanhar os atletas nos cansativos quilómetros, por questão de estatuto e de “outras tarefas inadiáveis”.

A qualidade do futebol, até agora com pouca espectacularidade, poderá ser para os atletas, apenas para “cumprir calendário”. Isto porque, uma vez mais, o artista que é o jogador e que deveria estar no centro das preocupações, será o “bode expiatório” da falta de realismo que ditou tudo isto.

Não faltarão “chicos espertos” a tentar comparar o incomparável: é que Messi e Ronaldo também fazem dois jogos por semana e por vezes percorrem grandes distâncias de autocarro… Tenham dó e, por favor, não se ridicularizem a comparar o incomparável!

 

 

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