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Moçambique vai reduzir importação de açúcar branco

Moçambique vai reduzir a importação de açúcar branco, como resultado da operacionalização da Refinaria de Xinavane, uma unidade com capacidade para produzir 90 mil toneladas por ano que poderão alimentar o mercado, que, actualmente, produz 20 mil toneladas. A refinaria de açúcar de Xinavane, operada pelo grupo Tongaat Hullet, foi inaugurada hoje pelo presidente da República, Filipe Nyusi, que destacou o facto de o empreendimento reduzir a dependência.

Moçambique importa, actualmente, cerca de 90 por cento do açúcar branco que se consome internamente.  Este cenário de dependência quase total do exterior para satisfazer o mercado poderá inverter-se nos próximos sete a dez anos, com a abertura da uma nova refinaria de açúcar branco de Xinavane, na província de Maputo, um investimento da Tongaat Hullet no valor de dois mil milhões de meticais.

Espera-se que a unidade venha a responder à procura local de açúcar, que é de 70 mil toneladas, contra a capacidade actual de 20 mil.

O empreendimento vai ampliar as oportunidades de negócio dos pequenos produtores de cana-de-açúcar dos distritos da Manhiça e Magude, que actualmente fornecem 20 por cento da matéria-prima à companhia Tongaat Hullet.  Tal foi dado a conhecer, hoje, ao Presidente da Republica, Filipe Nyusi, que dirigiu a cerimónia de inauguração deste empreendimento, que na fase de construção criou cerca de 605 postos de trabalho directos.

Na ocasião, Filipe Nyusi destacou o facto de a Tongalaat Hullet ter construído a refinaria em tempo útil, bem como o investimento feito em tempos difíceis.

O Chefe de Estado disse, ainda, que a operacionalização da refinaria de açúcar branco de Xinavane é um claro indicativo de que “Moçambique está a produzir”.

Vasco Zimba, representante da associação dos camponeses, mostrou-se preocupado na sua intervenção com a proliferação de açúcar importado no mercado nacional, com elevadas taxas de juro aplicadas pelos bancos comercias, que consideram a actividade de “elevado custo”, assim como com a seca.

Na sua intervenção, o Presidente da República        não se esquivou das preocupações. Pelo contrário, mostrou-se sensível e deixou ficar algumas soluções. “Uma das formas de ultrapassarmos é atacar o mercado internacional. Quando estive no Ruanda, levei representantes do sector de açúcar e eles conseguiram vender a imagem deste produto”, referiu Filipe Nyusi.

Já o presidente do grupo Tongaat Hullet, Bahle Sibisi, precisou que o projecto da refinaria de açúcar é um claro sinal do comprometimento deste no contributo para o desenvolvimento da indústria açucareira em Moçambique. “Os investimentos contínuos da Tongaat Hullet na indústria do açúcar em Moçambique apoiam os objectivos do governo de crescimento da economia local, promovendo a produção doméstica e contribuindo para melhorar a balança comercial”, frisou.

Sibisi disse, ainda, que a Tongaat Hullet está empenhada em continuar a trabalhar com as comunidades e o Governo, para alavancar a indústria de açúcar. “Pretendemos facilitar o sucesso da refinaria de açúcar e dos outros investimentos em Xinavane e Mafambisse, contribuindo assim para o desenvolvimento económico, criação de empregos e elevação social”.

 

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