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Moçambique vai produzir cloro para reduzir custos de importação

Associação Moçambicana de Engenheiros Químicos (AMEQ) pretende reduzir os custos de importação de cloro no país. Para tal, vai começar a produzir cloro localmente. A intenção foi manifestada na tarde desta quarta-feira, em Maputo, no workshop sobre produção do cloro, promovido pela agremiação.

O cloro é usado no tratamento de água potável, de água das indústrias têxteis, detergentes, sabão, piscinas e na transformação do petróleo.   

Actualmente, O país gasta 350 mil dólares norte-americanos com a importação do cloro, para reduzir os custos de importação do químico, com a produção local, o país passara a poupar 275 mil dólares norte-americanos.

Segundo António Dança, Presidente da AMEQ, o cloro produzido localmente tem menos gastos que o importado e as empresas poderão comprar a preços muito mais baixos. “Com uma instalação local, o produto pode ser adquirido a 75 mil dólares norte americanos”, disse.

Para além dos custos de importação, António Dança disse que com a produção local, haverá maior disponibilidade do cloro no país e a preços competitivos e que a mesma poderá gerar mais empregos na região. 

Dependendo da época e da qualidade da água, a empresa pública Águas da Região de Maputo precisa de cerca de 750 quilos de cloro por dia, mas no tempo de pico, época chuvosa, entre duas a quatro toneladas por dia, para tratamento da água, segundo faz saber Gildo Timóteo, administrador da área de Produção da empresa.

Segundo o administrador, a empresa usa, neste momento, mais o cloro gasoso e tem importado maioritariamente da vizinha África do Sul, por isso olha para a iniciativa da AMEQ com bastante satisfação, pelas vantagens oferecidas.

“Em termos de custos de importação, temos gasto valores muitos altos, que não posso precisar neste momento, porque depende do câmbio do dia, mas posso garantir-lhe que são custos muito altos, porque uma vez que compramos fora, precisamos de comprar em stock, para no mínimo três a seis meses, por causa dos tempos de importação”, clarificou.

O workshop contou com a presença de engenheiros, estudantes e alguns representantes do sector público e privado em Moçambique. 

 

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