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Moçambique tem apoio de alguns membros permanentes do Conselho de Segurança

O país intensifica a sua campanha eleitoral rumo à sua eleição como membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Desde a última quarta-feira, as equipas que estão a tentar convencer os países votantes contam com um reforço de peso – Leonardo Simão, o enviado especial para esta candidatura.

Leonardo Simão, que detém uma vasta experiência na diplomacia, apesar de ser médico de profissão – acumulada como ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação entre 1994 e 2005 e, por ter liderado várias missões de resolução de conflitos – lidera, a esta altura, a campanha moçambicana. A sua missão tem-se desdobrado em reuniões, almoços e jantares, com diversos representantes dos 193 países membros das Nações Unidas, com o objectivo de os convencer de que fazem a melhor escolha ao eleger Moçambique para aquele órgão.

Dos encontros que já teve durante a sua estadia em Nova Iorque e desde que assumiu a função, diz que a recepção da mensagem que tem levado aos países eleitores é muito boa e tudo indica que a eleição pode vir a ser concretizada, até porque o país tem estado a contar, não oficialmente, com o apoio de alguns países que são membros permanentes do Conselho de Segurança, alguns dos quais até estão a fazer a campanha a favor da candidatura do nosso país.

Leonardo Simão entende, no entanto, que a eleição de Moçambique não significa, necessariamente, o retorno do país a missões de paz das Nações Unidas, tal como o fez no passado, até porque, desde sempre, o país tem contribuído para o Fundo da Paz das Nações Unidas, que financia actividades que visam promover, manter e assegurar a paz e segurança internacional. A candidatura de Moçambique tem chamado atenção dos países e ou regiões em conflito, e estas esperam que o país tenha um papel preponderante na sua resolução, dada a experiência na busca de soluções para conflitos com os quais se confrontou ao longo dos últimos anos.

Recorde-se que Moçambique tem a sua candidatura suportada pela União Africana, pelo que não tem nenhum adversário nesta corrida, mas precisa de garantir um mínimo de 129 votos que representam dois terços dos 193 países com direito a voto na Assembleia-Geral das Nações Unidas que elege os membros não-permanentes do Conselho de Segurança. A eleição terá lugar na próxima semana, dia 9 de Junho, na sede da ONU em Nova Iorque.

 

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