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Moçambique sob o risco de terceira vaga da pandemia

Nos próximos dois ou três meses, Moçambique pode ser assolado por uma terceira vaga da COVID-19, alerta o epidemiologista e membro da Comissão Técnico-Científica, Avertino Barreto. O especialista diz ainda que para evitar a situação, o Presidente da República podia estender o recolher obrigatório para as províncias de Sofala, Zambézia.

Enquanto o número de casos positivos da COVID-19 tende a reduzir nos últimos dias no país, o número de recuperados tem tendência a aumentar, uma situação que traz nuvens de esperança. Entretanto, um dos membro da comissão Técnico-Científico alerta que dias dias piores ainda estão por vir.

“As pessoas dizem que estamos melhores, mas eu digo, não se convençam, não lancemos foguetes porque daqui há dois ou três meses teremos uma terceira onda, se não tomarmos precauções agora”.

O epidemiologista alerta que esta vaga pode ser pior do que as já vividas anteriormente.

Barreto vai mais longe e diz que mesmo com a vacina que acaba de chegar ao país, se não houver reforço das medidas de prevenção, a situação pode agravar-se ainda mais e por isso já prevê o agravamento das medidas.

“Não é para aliviar neste momento, nem um bocado e não podemos. Eu sou da opinião que deve-se manter o recolher obrigatório e mais, estender para algumas cidades que julgavam que a situação estava controlada, como Nampula, Beira e Quelimane”.

O Membro da Comissão Técnico científico defende a decisão pelo facto de a segunda vaga ter sido resultante do relaxamento das medidas em Dezembro, onde aumentaram as transmissões e principalmente de uma estirpe que ainda era desconhecida.

Avertino Barreto defende ainda que foram “as elites que contribuíram grandemente para a propagação da doença”, que resultou na segunda vaga.

O Epidemiologista e membro da Comissão Técnico-científico falava durante o programa Noite Informativa, desta terça-feira, na STV Notícias.

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