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Moçambique regista aumento de negócios nas plataformas digitais

Foto: O país

No segundo e último dia da nona edição da feira de tecnologias MozTech, houve espaço para uma reflexão inerente ao tema “Plataformas digitais – uma alavanca para o crescimento dos negócios”. No total, quatro oradores foram convidados a partilhar com o público presente na Arena 3D, na Catembe, as suas experiências e perpecções. O primeiro a intervir, na sessão que também foi transmitida em directo pelo canal Stv Notícias, foi Pedro Garcia. De acordo com o representante da equipa de Planeamento da Bland Lovers, Moçambique está numa fase de crescimento, no que diz respeito ao aumento de empresas, investidores, empreendedores ou empresários que estão a investir nas plataformas digitais. Segundo disse o principal orador da sessão, o país que conheceu há dois anos é completamente diferente do actual, embora reconheça haver muitos desafios.

Ainda assim, para Pedro garcia, mais do que se pensar nos problemas, a MozTech deve servir de pretexto para a sociedade moçambicana em geral reflectir sobre oportunidades que o país possui no sector das plataformas digitais. As potencialidades moçambicanas, segundo disse, são visíveis porque se trata de uma sociedade dinâmico e com vontades próprias. O facto de Moçambique ser um país jovem, com mente aberta para novos conhecimentos é, igualmente, uma grande vantagem, que, inclusive, tem contribuído para que haja mais investidores na internet. “Não é preciso investir de forma estratosférica, para lançar pequenas coisas que podem trazer soluções constantes”, observou.

De igual modo, Pedro Garcia acrescentou os sete milhões de moçambicanos presentes nas plataformas digitais, ainda que não seja um número de todo excelente, é um início de oportunidade. Paralelamente, sublinhou que, neste momento, o cidadão é, sem dúvida, o ouro para quem se interessa em explorar negócios através da internet. “Agora, o que temos de fazer é apostar mais na segurança, na dinâmica procurar apoio para as questões legais que nos permitam profissionalizar o nosso trabalho. Assim, as coisas irão crescer porque estas questões são contagiantes”.

Reconhecendo que não existem governos fortes sem mercados fortes, Paulo do Carmo, Director Comercial da Sandit, lembrou que as plataformas digitais permitem chegar ao público mais vasto, atingir mercados externos e elevar a marca de forma que, apenas a nível local, seria impossível. Do Carmos também observa que Moçambique tem registado um crescimento do nível de utilizadores de plataformas digitais. “Isso é sinal de que as empresas estão a investir e a olhar para o digital como um presente”. Outrossim, para que esse progresso não fique comprometido, o Director Comercial da Sandit defende que a organização de dados ou informação sobre os clientes, por parte das empresas e investidores, é essencial, o que deve acontecer com clareza e sem complicações. “Até podemos começar de forma informal, pensando que, em pouco tempo, iremos nos profissionalizar. É por aí que temos todos de começar para poder comunicar”.

Já Vítor Cau, Representante PHC Software, reconheceu que Moçambique tem problemas de base, de infra-estrutura e de acesso à internet. No entanto, não vê nos obstáculos problemas desmoralizadores. Pelo contrário, sugeriu que os investidores devem atacar esses constrangimentos. “As oportunidades que o país possui só serão aproveitadas por empresas e gestores que migrarem. Não temos de inventar formas de chegar às pessoas, temos de usar meios para chegar às pessoas”.

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