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Moçambique e Malawi querem estender Linha de Sena para o país vizinho

O Presidente da República, Filipe Nyusi, recebeu, esta manhã, o seu homólogo do Malawi, Lazarus Chakwera, que efectuou visita trabalho de um dia ao nosso país. Filipe Nyusi escolheu a Vila de Songo, na província de Tete, para receber o visitante, não por acaso. É que ele considera ser o local a partir do qual Moçambique, através da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, fornece energia eléctrica aos países vizinhos, promovendo e desenvolvimento e a integração económica regional e local.

Também porque é a partir da Subestação de Matambo, em Tete, que deverá partir a linha de transporte de energia eléctrica a 400 volts, com cerca de 200 quilómetros até Malawi, cujas obras deverão arrancar em breve, o que vai permitir que aquele país vizinho possa ter acesso à energia de Cahora Bassa.

Filipe Nyusi recordou ainda que os dois países são ligados por dois corredores, ferro-portuário e rodoviário, de Nacala e da Beira, respectivamente. Para Nyusi, os dois representam enormes oportunidades para a efectivação de projectos conjuntos de desenvolvimento ao longo desses corredores.

E já está em negociação a possibilidade de estender a Linha de Sena até ao vizinho Malawi, uma vez que actualmente a mesma liga o Porto da Beira a Moatize, em Tete, o que passaria por se construir uma Linha Férrea que o Corredor de Nacala, que já passa pelo Malawi, ao de Sena.

Sobre este projecto, o presidente do Malawi, Lazarus Chakwera, reiterou a necessidade de se concluir com urgência o memorando de entendimento para tornar a iniciativa possível, até porque é um dos pilares da sua governação tornar Malawi um país que facilmente se comunica com os seus vizinhos por via terrestre e facilitar a realização de negócios.

Chakwea agradeceu, por outro lado, ao Governo de Moçambique por ter permitido que continuasse a haver o trânsito de bens e mercadorias de e para aquele país através dos corredores económicos nacionais, apesar dos países da região terem decidido encerrar as fronteiras. O que para o governante malawiano mostra o forte interesse dos dois países de conjuntamente promoverem um desenvolvimento sustentável e reduzir a pobreza que assola a maioria dos seus cidadãos.

Nyusi e Chakwera decidiram reactivar a comissão mista de cooperação bilateral, que não reúne desde 2012. Os dois países cooperam entre si desde o ano de 1975, logo após a independência de Moçambique.

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