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Moçambique busca experiência de Ruanda no sector dos negócios

O país busca parceiros estratégicos, no primeiro Fórum de Negócios Moçambique-Ruanda, para acelerar a implementação de projectos estratégicos nas áreas de energias, exploração mineira e agricultura. Os homens de negócios dos países juntam-se na mesma sala, por três dias (de 24 a 26), na capital moçambicana.

Moçambique, com 120 empresários e representantes do Governo, augura identificar investidores para viabilização e aceleração de projectos em andamento nos domínios de agricultura, pescas, energias e mineração. Tal como avançou o ministro da Indústria e Comércio, Silvino Moreno, para quem o diálogo empresarial abre espaço para o aumento do investimento directo daquele país amigo de Moçambique.

Fruto das relações económicas existentes, Moçambique exporta açúcar e minerais para a República do Ruanda. Silvino Moreno, que falava na abertura do Fórum, apontou que o desafio é aumentar as exportações.

Para o Ruanda, que também apoia Moçambique na área militar, os portos e caminhos para escoamento de bens conferem à economia nacional vantagens competitivas a nível da região e tornam-no num “parceiro estratégico”, segundo palavras de Habyarimana Beata, ministra da Indústria e Comércio do Ruanda.

“Existem oportunidades imensas, no comércio, na logística e na mineração. A delegação do Ruanda está aqui para estabelecer relações comerciais de benefício mútuo. Do mesmo jeito que colocamos empresários de Moçambique para o Ruanda”, disse Beata.

Nos últimos anos, a economia do Ruanda registou melhorias significativas e teve uma pontuação positiva no ranking Doing Business, e é neste âmbito que Moçambique quer colher experiência.

“Interessa-nos muito partilhar desta experiência ruandesa, particularmente na promoção de indicadores, como a abertura de empresas e início de uma actividade económica, promoção de reformas, acesso à electricidade, procurement e licenças de construção”, avançou o presidente da Câmara de Comércio de Moçambique, Álvaro Massingue.

No domínio da agricultura, o Ruanda já manifestou a intenção de comprar o milho moçambicano. As conversações prosseguem em simultâneo com a preparação de silos e outras condições logísticas para conferir qualidade aceite no panorama regional. Momed Valá, presidente do Conselho de Administração do Instituto de Cereais de Moçambique, avança que os níveis de produção do milho são satisfatórios.

O primeiro Fórum de Negócios Moçambique-Ruanda decorre sob o lema “desenvolvimento através de investimentos, industrialização e exportação”.

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