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Moçambique a um pé no Conselho de Segurança da ONU

Moçambique é candidato a um dos cinco membros não-permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a par da Suíça, Japão, Equador e Malta. A candidatura já tem o endosso na União Africana e de todos os seus membros, o que significa que não há outro concorrente africano, tal como aconteceu na última eleição em que o Quénia disputou a posição com o Djibouti. O mesmo sucede com os outros quatro candidatos.

No entanto, não são “favas contadas”. É preciso garantir um mínimo de dois terços de votos dos 193 países-membros e que estejam presentes na Assembleia Geral electiva das Nações Unidas, ou seja, 129 votos para se poder considerar membro eleito do Conselho de Segurança. E, para tal, todas as missões diplomáticas do país ao redor do mundo foram orientadas, no sentido de garantir os votos necessários, além de que está em Nova Iorque uma “task force” composta por renomados diplomatas moçambicanos que, nos corredores da sede das Nações Unidas, trabalham para conseguir maior número possível de votos.

Segundo Pedro Comissário, representante permanente de Moçambique nas Nações Unidas, o país tem uma larga experiência de trabalho com o Conselho de Segurança desde a implementação das suas resoluções contra o regime minoritário de Ian Smith no Zimbabwe, na luta contra o Apartheid até ao processo de paz de 1992, que culminou com o envio de uma missão de paz das Nações Unidas a Moçambique, além de o país ter integrado outras missões de paz noutros países sob orientação daquele órgão, que tem como objectivo a manutenção da paz e segurança no mundo.

O combate ao terrorismo, uma das principais agendas daquele órgão, é uma matéria sobre a qual Moçambique dispõe de alguma experiência acumulada nestes últimos cinco anos em que combate o jihadismo no Norte do país.

Comissário lembrou que uma das mensagens-chave que está a ser usada para convencer outros Estados a votar em Moçambique é que, através do comando constitucional, Moçambique é um Estado que persegue a política de preservação da paz e só recorre ao uso da força para a sua auto-defesa.

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