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MISAU prepara-se para eventual terceira vaga da COVID-19

O Ministério da Saúde (MISAU) diz estar a preparar-se para mitigar os riscos de uma eventual terceira vaga da COVID-19 que poderá assolar o país em breve.

A informação foi avançada pelo ministro da Saúde, Armindo Tiago, que, mesmo sem saber da eventual data da “chegada” dessa vaga, que pode ser pior que as duas anteriores e por poder aparecer numa altura em que os casos activos tendem a reduzir drasticamente, de Fevereiro a Maio último, diz estar preocupado com a nova onda.

Segundo Tiago, algumas províncias da vizinha África do Sul já sofrem dos impactos dessa vaga e o mais grave é que algumas fazem fronteira com Moçambique, por isso “a possibilidade de o nosso país ser, igualmente, afectado é real”.

Para que as autoridades não sejam encontradas de surpresa, como na primeira e segunda vagas, asseguram que estão em processo de preparação.

“Nós já iniciamos trabalhos para reforçar a capacidade do Ministério da Saúde para responder aos efeitos de uma eventual terceira vaga”, garantiu o titular da pasta da Saúde, que falava durante a recepção de apoios para fazer face à doença.

Os apoios são do Banco Africano para o Desenvolvimento (BAD) e da representação da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Moçambique e estão avaliados em 1.6 milhões de dólares.

Segundo Joaquim Saweka, representante da OMS em Moçambique, contrariamente às vagas passadas, o país já está preparado, pois já se conhecem os contornos da doença e a doação, composta por ventiladores, respiradores, máquina de oxigénio, cânulas nasais e luvas de examinação, vai fazer grande diferença na preparação do país para resposta à essa vaga.

“Esta oferta é a expressão do compromisso da OMS em assegurar que o Governo reforce a sua capacidade de modo a permitir o acesso da população afectada aos serviços de resposta à COVID-19”, disse Saweka.

Já o representante do BAD em Moçambique, Pietro Toigo, falou do apoio como uma forma de responder, também, aos impactos que as novas variantes, como a detectada pela primeira vez na Índia, podem trazer ao país.

“Esta doação chega numa altura em que as autoridades sanitárias nacionais estão em estado de alerta devido ao registo de uma taxa crescente de deteção de novas variantes, caracterizadas por uma elevada mortalidade, junto dos surtos da COVID-19 na Índia e no Brasil, países com fortes ligações com Moçambique ”, afirmou Pietro Toigo

Segundo Toigo, o BAD apoia o país com mais 42 milhões de dólares, destinados ao sector da Saúde, protecção social e apoio ao sector privado.

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