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Milho está mais barato no país, excepto em regiões afectadas por conflitos

Foto: MADER

Os preços do milho no país baixaram numa de ordem entre 8 e 27 por cento de Agosto a Setembro, se comparado com igual período de 2020. Estes preços representam a maior oferta nacional no mercado de cereais, excepto em algumas regiões afectadas pelo conflito armado na província de Cabo Delgado.

De acordo com a The Famine Early Warning Systems (Fews Net), de Agosto a Setembro de 2021, o preço do milho permaneceu estável, com a maioria dos mercados apresentando preços baixos.

Igualmente, no mesmo período, os preços da farinha de milho e do arroz também mantiveram uma tendência estável de Agosto a Setembro.

Em comparação com a média de cinco anos, os preços deste cereal em Setembro tiveram, também, uma tendência estável, com os preços a variarem entre 11 e 25 por cento.

Conforme avança a organização, em Cabo Delgado, há relatos de alguns deslocados internos que regressam às suas áreas de origem, para avaliar as oportunidades de subsistência, como a agricultura, pesca, comércio, e o impacto do conflito nas suas propriedades.

Perante esse retorno gradual da população, espera-se que a maioria dos deslocados internos permaneça nas áreas livres de conflito, durante  a época chuvosa 2021-2022.

A instituição afirma, ainda, que, no final de Outubro, o Governo começou a distribuir sementes e outros insumos agrícolas para os deslocados internos, no sentido de aumentar a produção agrícola e reduzir a insegurança alimentar.

Não obstante esses esforços, as necessidades de assistência alimentar e humanitária provavelmente permaneçam altas pelo menos até à colheita de Maio de 2022, avança a Famine Early Warning Systems.

A organização refere que, nas áreas urbanas e suburbanas, a maioria das famílias pobres provavelmente esteja sob estresse alimentar, uma vez que as medidas de controlo da pandemia da COVID-19 e a redução do exercício económico estão a impactar negativamente o poder de compra das famílias.

O Programa Mundial de Alimentos (PMA) prevê que mais de 930 mil deslocados internos e famílias anfitriãs nas províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula necessitarão de ajuda alimentar até Maio de 2022.

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