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Mauro Brito apresenta “O luminoso voo das palavras” no 16Neto

Daqui a duas semanas, concretamente no dia 15 de Julho, o poeta Mauro Brito vai apresentar, quando forem 18h30, no 16Neto, a obra poética infanto-juvenil "O luminoso voo das palavras".

O discurso de apresentação do livro foi confiado à poetisa e pianista Melita Matsinhe e o comentário será feito pelo escritor Alex Dau. Já a leitura dos poemas está na responsabilidade da actriz Lucrécia Paco e o momento musical através dos sopros do saxofonista Muzila.

Esta será a segunda apresentação do livro. A primeira aconteceu no dia 21 de Maio, no Camões – Centro Cultural Português, igualmente na cidade de Maputo. A cerimónia de apresentação, segunda e Kuvaninga Cartão d’Arte, editora que publica o livro, “além de ser um pretexto para atingir um público mais alargado, constitui uma oportunidade de conversa sobre a obra de Mauro Brito e, porque não, a sua vertente infanto-juvenil, que ainda merece destaque no país”.

“O luminoso voo das palavras” conta com o prefácio do escritor e filósofo Dionísio Bahule, onde frisa que Brito "não se isola dos problemas doutros homens. Fica atento; aprecia; sente e convida a todos a olharem pela Poesia os problemas que nos rodeiam".

Este é o segundo livro do autor, depois de ter publicado, há dois anos, "Passos de magia ao sol", ilustrado por Bárbara Marques, pela Escola Portuguesa de Moçambique.

“O luminoso voo das palavras” é uma edição da Kuvaninga cartão d'arte – editora moçambicana sem fins lucrativos que se dedica à produção de livros com capas de cartão reaproveitado, uma oportunidade para formar leitores ao disponibilizar o livro a baixo custo e de promover jovens escritores, possibilitando a publicação de suas obras. A editora alia, desta feita, a literatura, as artes plásticas e o meio ambiente, através da recolha e reaproveitamento do papelão.

“O luminoso voo das palavras” é o 25° título publicado em sete anos de existência pela Kuvaninga cartão d’arte, uma editora moçambicana, sem fins lucrativos, criada a 10 de Maio de 2012, na cidade de Maputo, e a 27 de Julho do mesmo ano lança as suas primeiras duas obras. A editora usa capas de cartão (papelão reciclado, retalhos de tecido e outros) para cobrir o miolo através de uma linha, um processo feito manualmente. Durante os sete anos de existência, a editora já publicou poesia, contos, romance, drama, crónicas e ensaios de autores moçambicanos e estrangeiros, tendo em conta um processo que para além de estimular novos escritores através da oportunidade dos autores emergentes participarem, leva à consciência da preservação do meio-ambiente, através do reaproveitamento do papelão, como também ensina a amar o belo e a estética através da pintura do papelão.

Mauro Brito em Nampula. Fez teatro de rua, dança e tirou brevet, tornando-se piloto de aeronaves. Também estudou contabilidade e auditoria, mas esse foi o ensejo traído pelo espírito digressivo que empresta aos livros infanto-juvenis que vai escrevendo. Colaborou com vários jornais e revistas, como Missanga, Debate, Blecaute, Cultura, Literatas, que tem sido o viveiro de onde despontam vários poetas da sua geração.

 

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