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Mau tempo volta a fazer estragos em Maputo

Foto: O País

O Mau tempo que assolou, na noite desta segunda-feira, as Cidades de Maputo, Matola e o Distrito de Marracuene foi caracterizado, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, por ventos de até 66 km/h, trovoadas e chuvas fortes  que descarregaram até 37.5mm por metro quadrado e causaram alagamentos a centenas de casas.

Por estes dias a chuva não é novidade, aliás, o país observa, neste momento, a época chuvosa que tem seu fim previsto para Março do ano que vem. Mas então, quando a chuva cai causa alarmes e preocupação para além de vários danos aos moradores dos diversos bairros da periferia da Cidade de Maputo, Matola e outros pontos.

E no bairro de Maxaquene, lá estava a Senhora Isabel David, tem a casa totalmente alagada, o esforça-se em retirar a água do interior da casa e do quintal,  mas sucede que esta mesma água não tem canal para escoamento. Com ajuda do filho, a dona Isabel tenta retirar o pouco que escapou da água ainda que esteja molhado.

“A chuva aqui na minha casa estragou muitas coisas, e nem consegui tirar nada, todas as coisas molharam, colchão, cama, farinha e arroz tudo molhou. Hoje não tenho como passar as refeições com as crianças e à noite dormimos em cima da mesa, por causa da água da chuva”, lamentou a senhora que equaciona abandonar a casa.

Naquele bairro residencial é sempre assim, quando chove, várias casas ficam alagadas e ruas inundadas dificultando a transitabilidade. Lúcia Valoi conta que a casa dela está segura, mas já não diz o mesmo das ruas, ela mesma teve dificuldades para sair para o mercado e pede às autoridades municipais a melhorarem as infra-estruturas de escoamento de água.

“Pedimos vala de drenagem porque quando chove, a água invade as casas, as ruas, e dificilmente temos como andar.”

Um dos vídeos amadores cedidos ao Jornal “O País” mostra a baixa da Cidade de Maputo completamente cheia de água depois da queda da chuva. Postes de eletricidade tombaram por conta da força do vento.

Lelo Taiobe do Instituto Nacional de Meteorologia, INAM, considera que a chuva que caiu na noite de segunda-feira que durou menos de 1 hora foi tensa. “Na parte norte da Cidade de Maputo tivemos 37,5 milímetros de precipitação, enquanto na parte sul, na zona da baixa, foram 36, 4 milímetros e o vento nesse mesmo período chegou a atingir 66 km”.

O INAM prevê mais chuva na transição do ano em todo país. “Só no dia 31, teremos chuvas em quase todo país, mas não serão chuvas muito fortes, excepto as províncias de Gaza e Inhambane, onde os prognósticos que indicam a ocorrência de chuvas fortes, mas muito localizadas. As nossas actualizações podem vir a mostrar outra situação”.

E porque faltam canais de escoamento de águas pluviais, a solução é bombear as águas estagnadas através do tractor com tanque cisterna.

De Araújo diz que foi uma decisão difícil para si enquanto edil da autarquia, porque das duas uma, “ou cumpria a lei e deixava a cidade suja, tendo em conta que não podia fazer despesas para compra de combustível, reparação dos carros para limpar a cidade e aí arriscaríamos ter a cólera ou outras doenças, ou então tomar as decisões que tomei em ultrapassar para algumas despesas, foi um acto involuntário porque a Assembleia Municipal recusou-se a reunir-se e aprovar o orçamento rectificativo”, precisou afirmando que “fui ouvido, expliquei as causas e as razões e penso que o processo vai seguir os seus trâmites normais”.

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