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“Matola Stadium vai beneficiar também aos clubes nacionais e da região”

O presidente da Associação Black Bulls diz que o complexo desportivo do clube que está a ser erguido na Matola vai beneficiar, não só a sua colectividade, mas a todos os clubes do país, bem como da região austral, que poderão usar o local como centro dos seus estágios. Já o Secretário de Estado do Desporto mostrou-se satisfeito com o andamento das obras que estão perto do seu final.

O monstro da Matola está a erguer-se a olhos vistos. A cidadela desportiva, ora denominada Matola Stadium está a ficar composto a cada dia que passa, quase dois anos depois do lançamento da primeira pedra.

Os compartimentos que fazem parte da estrutura principal, nomeadamente o campo principal, o campo de treinos, as dependências dos balneários, das reuniões técnicas e dos encontros entre os treinadores e jogadores para estudarem os adversários, bem como as residências para os jogadores da colectividade, estão num ritmo bastante agradável.

E foi para dar mais incentivo aos proprietários da infraestrutura, nomeadamente a Associação Black Bulls, que o Secretário de Estado do Desporto, Gilberto Mendes visitou o empreendimento, esta segunda-feira, e disse estar satisfeito com a forma como a infraestrutura está a ser construída. 

Alías, Gilberto Mendes fazia-se acompanhar dos presidentes do Ferroviário, Costa do Sol e Desportivo, ambos de Maputo, bem como do Textáfrica do Chimoio, como forma de incentivar essas clubes, e outros do nosso país, a não descansar na sombra da bananeira, mas arregaçar as mangas e colocar as suas infraestruturas no mesmo nível, “o nível internacional”.

A impotência do Matola Stadium não impressionou apenas ao Secretário de Estado do Desporto, mas a todos os presentes, que dois anos depois viam um enorme monstro a ser levantado.

São quatro campos de futebol projectados, sendo dois já na fase terminal, nomeadamente o de jogos oficiais e de treinos, ambos de relva natural, enquanto os outros dois estão ainda a ser “cozinhados”, com a limpeza do espaço onde vão ser construídos, e estes outros dois terão relva sintéctica.

As bancadas terão capacidade para dez mil pessoas sentadas e numa primeira fase será somente a bancada central, com a tribuna de honra, o palanque presidencial, espaço para jornalistas e para os espectadores. Só mais tarde serão construídas as bancadas laterais e da bancada sol.

 

Inspirado pelo projecto ambicioso

Juneid Lalgy, presidente da Associação Black Bulls, esclareceu, na ocasião, que ganhou coragem para erguer a infraestrutura movido pelo desejo de dirigir um clube com projectos ambiciosos. Disse que este pensamento surgiu quando ainda era dirigente do Clube do Chibuto e percebeu que “qualquer projecto na área desportiva é preciso ter infraestruturas e de contrário, dificilmente poderá singrar”. E foi o que pensou e fez, para ver a Associação Black Bulls a singrar no mundo do futebol.

Para o presidente desta colectividade dona do empreendimento, a infraestrutura vai beneficiar a muitos clubes nacionais, que poderão realizar naquele espaço os seus estágios pré-competitivos, bem como os da região, também para os seus estágios, para além de poder ser um espaço para torneios internacionais das camadas de formação.

Por isso mesmo, no projecto, há ideia de construção de um hotel para as equipas visitantes e estagiárias. 

Em termos de custos de construção, o presidente da Black Bulls preferiu não orçar no início, pois “se tivesse feito assim, não teria feito nada. Teria desistido!” E diz que prefere esperar pelo final da construção para fazer as contas, uma vez que “valerá o produto final que vai beneficiar o futebol moçambicano”, disse.

 

Acompanhantes satisfeitos com a infraestrutura

Os presidentes das colectividades desportivas nacionais, nomeadamente do Ferroviário, Costa do Sol e Desportivo, ambos de Maputo, e do Textáfrica do Chimoio, bem como os capitães da selecção nacional, que acompanharam o Secretário de Estado do Desporto nesta visita, mostraram-se impresionados com a infraestrutura da Black Bulls.

Para estes, esta é uma forma de provar que “quando há vontade de fazer, tudo pode ser possível”, para além de que “vai engrandecer o futebol moçambicano”. 

Aliás, segundo estes, há espaço para mais clubes copiarem o projecto e se guiarem com o mesmo espírito de ver infraestruturas desportivas atingirem o nível internacional.

A ideia da Associação Black Bulls é colocar a infraestrutura num patamar que permita que a colectividade seja conhecida e reconhecida internacionalmente, para o bem do futebol moçambicano.
 

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