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Maputo quer reduzir em 10% índices de desnutrição até 2019

Na fila para consulta de controlo do desenvolvimento de crianças com até dois anos de idade, designada criança sadia do centro de Saúde de Mavalane, em Maputo, encontramos Sónia Fumo, mãe de um menino de cinco meses de idade. Além de medir o peso do seu filho e saber como vai a sua saúde, a mãe de terceira viagem vai participar de uma palestra sobre enriquecimento de papas, a serem dadas ao pequeno José depois do aleitamento materno exclusivo.

“O meu filho está crescer muito bem”, conta satisfeita.

As palestras naquele centro de Saúde acontecem duas vezes ao mês, e, além das mães, as gestantes também fazem parte do público-alvo.
Aliás, ensinar as pessoas como absorver o máximo dos nutrientes nos alimentos, bem como fortificar farinhas, óleo, açúcar e sal durante o seu fabrico são algumas medidas que estão a ser tomadas para reduzir os níveis de desnutrição crónica no país e na cidade de Maputo em particular, pretende-se chegar a um índice de 20 por cento até 2019.
“Também trabalhamos com as comunidades nas nossas campanhas, assim como adolescentes e mulheres em idade fértil, o nosso objectivo é reduzir a desnutrição crónica de 30 por cento, para 20 por cento em dois anos. Nos centros de Saúde temos investido muito em palestras e nas demonstrações culinárias”, explicou a técnica de nutrição na direcção de Saúde da Cidade de Maputo, Judite Chabona.

Além de se alimentar bem, especialistas em nutrição alertam que as crianças precisam ser levadas às consultas de rotina, para identificar sinais que podem passar desapercebidos.

“Há crianças que começam a baixar o peso, ficam apáticas, começam a inchar e as mães pensam que elas estão a engordar, enquanto pode ser desnutrição”, disse a nutricionista Nilza Muchanga.

O último Inquérito demográfico de Saúde aponta que com a aposta em programas de Saúde a mortalidade em menores de cinco anos baixou de 153 para 97 a cada 1000 nascidos vivos no período entre 2003 e 2011. Por outro lado, estima-se que o Produto Interno Bruto pode ser promovido em até 11 por cento, se o país tiver crianças bem nutridas.

 

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