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Manuel de Araújo assemelha atentado de Vuma com assassinato de Cistac

O académico e edil da autarquia de Quelimane, Manuel de Araújo assemelhou o atentado sofrido, sábado, pelo Presidente da Confederação das Associações Económicas, Agostinho Vuma com o assassinato do académico Gilles Cistac ocorrido a 03 de Março de 2015, na cidade de Maputo.

“Notou-se alguns dias antes uma tentativa de assassinato do carácter da vítima, uma tentativa de legitimar o que viria a acontecer. Se nós olharmos um pouco para atrás aconteceu o mesmo cenário com o professor Dr. Cistac, em que alguns membros famigerado G40, então assassinaram o carácter da vítima tentando planificar aquilo que eles já haviam planificado há um certo paralelismo no Modus Operandi nestes dois atentados”, comparou Manuel de Araújo.

O académico avança três suspeitas, que na sua opinião tenham ditado o atentado à vida do Presidente da CTA.

“Poderíamos afirmar que este atentado tenha a ver mais com questões de índole político ligados aos negócios, das duas uma. Ou por causa do controlo de recursos vindos do negócio do gás ou então dos negócios da COVID-19, nós sabemos que houve várias tranches libertas para o apoio ao nosso empresariado, então pode ser que haja grupos que não estejam satisfeitos com a forma como estes recursos estão a ser distribuídos”, disse de Araújo esta segunda-feira, no programa Noite Informativa reconhecendo que ainda é cedo para se tirar conclusões.

Jornalista Fernando Lima, que também participou do programa entende ser prematuro fazer ligação entre o atentado e os negócios de gás e financiamentos canalizados para apoiar o sector privado para fazer face aos impactos negativos da COVID-19 nas empresas.
“Não há qualquer linha conectora neste momento, que possa sugerir uma situação desta natureza, mas de qualquer forma boa parte da intervenção do Manuel de Araújo é válida”, disse.

Lima entende que, a falta de esclarecimentos dos atentados e impunidades dos planeadores origine novos.
“Nós vemos como os raptos são organizados. Os operacionais dos raptos saem da área dos crimes sem se quer correrem e ocultarem a matrícula das suas viaturas e sem ocultarem a cara. Há um grande sentimento de impunidade com relação ao cometimento destes crimes”, avançou.

O jornalista lança fortes críticas ao aparelho de justiça nacional, por este não ter conseguido esclarecer vários casos de assassinato no país, principalmente no desfecho dos casos, onde apenas são punidos os autores materiais se ocultando os mandantes do crime.

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