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Manifestação e condenação de opositores na Argélia

Mesmo no actual contexto de Coronavírus, continua a repressão sobre os líderes do movimento popular de contestação (Hirak), opositores, jornalistas, meios de comunicação  independente e internautas, na Argélia.

Após mais de 500 detenções em 23 cidades de todo o país, durante as manifestações de sexta-feira, a condenação a um ano de prisão da activista Amira Bouraoui, a adversária iconoclasta, o grande nome dos protestos dos cidadãos, este domingo, suscitou forte emoção e provocou indignação na Argélia e no mundo, de acordo com o jornal argelino Al Watan.

Durante 56 semanas, denunciando a corrupção, o nepotismo e o “Estado militar”, o Hirak exigiu uma mudança no “sistema” em vigor desde a independência, em 1962. Em vão, apesar de ter conquistado a queda do Presidente Abdelaziz Bouteflika, após 20 anos de reinado.

Entretanto, o poder está enfraquecido não só pelo Hirak e pela emergência sanitária, mas também pela queda do preço dos hidrocarbonetos, que ameaça a Argélia, hiper-dependente das receitas petrolíferas, com uma grave crise económica.

 

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