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Mambas tiram”barriga da miséria” ao engolir sothos

Fotos: FMF

Os Mambas cilindraram, na tarde de hoje, o Lesotho por 5-0. O jogo realizado no Estádio Nacional de Zimpeto (ENZ) era referente ao torneio triangular que, além de Moçambique e Lesotho, conta com a participação de Eswatini.

No relvado do Zimpeto, os Mambas ganharam inspiração e pretexto para maltratar os sothos. Mesmo sem o verde de esperança na relva, a esperança de boa tarde e bom futebol reinou no ENZ e cedo começou. Os Mambas precisaram apenas de 45 segundos, na era Horácio Gonçalves, para começar a chacina.

Melque recebe um passe de ruptura do meio campo e, na boca da baliza, de remate colocado do que propriamente em força, bate o guarda-redes.

Com o ataque entregue aos serviços de Melque e Estevão, os dois jogadores faziam “moça” à defesa indefesa dos sothos.

Aos 18 minutos, o rapaz da província da Zambézia galga o terreno pela direita, arrasa o lateral esquerdo, aguenta a carga e a entrada da área é travada com recurso à falta. Grande penalidade. Na cobrança, o capitão Bruno foi com raça, colocando o esférico no ângulo superior da baliza de Ramelafane que até conseguiu tocar no esférico, mas o remate era indefensável.

Era um Moçambique de Horácio Gonçalves transfigurado para um Lesotho incapaz. Aliás, a reação dos sothos viria a acontecer aos 24 minutos. Candinho perde a bola no meio campo e, em transição rápida, a bola chega aos pés de Sekoa que remata forte, mas Hernani foi gigante nos postes.

O campo do Zimpeto estava inclinado para o mercado grossista. A relva, ainda que não esverdeada, atiçava a vontade e o querer dos pupilos de Horácio Gonçalves. O Lesotho continuava a vacilar e não tardou para que Moçambique chegasse aos 3-0. Cobrança de canto pela esquerda, a defesa fica a comtemplar o Zimpeto, Estevão, conhecedor do ENZ que é, capitalizou a situação e fez 3-0.

Os Mambas, que vinham de um largo jejum, famintos que estavam, tiravam a barriga da miséria. Com 3-0, foi-se ao intervalo. Na volta, os Mambas continuaram abocanhadores. O veneno foi reactivado pelas alterações feitas. Foi só engolir até se fartarem e tal aconteceu por duas vezes.

Horácio Gonçalves lançou logo no recomeço Fidel e Maestro para os lugares de Ciganinho e Candinho. Aliás, este era o começo, porque, tempo depois, lançou o jovem de Ferroviário de Nampula, Salas. E foi uma aposta certa na lotaria.

Aos 74 minutos, o rapaz abanou as redes. Estevão arrasa o lateral esquerdo até quase no fim da linha, depois faz o que mandam as regras, cruzamento atrasado para a zona de penalty. O recém-entrado, simplesmente com o pé direito, “assinou” o quarto.

Estevão era um diabo à solta para os sothos que, uma vez mais, voltaram a provar a sua maldade. Aos 83 minutos, dá um show de acrobacia nas “barbas” de Ramalefane ao receber um cruzamento pela direita. Xeque-mate. 5-0, nem mais houve no Zimpeto. Moçambique volta a jogar na terça-feira diante do Eswatini.

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