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Mambas prontos para domar “leões indomáveis”

Jogo entre Camarões e Moçambique está marcado para esta noite, quando forem 18H00 de Maputo, no Stade de la Reunificación, em Douala, e conta para a terceira jornada do grupo F de qualificação ao CAN de Janeiro de 2022. Os Mambas tem cinco baixas de peso, mas o seleccionador nacional está confiante nos jogadores que tem.

É já esta noite que os Mambas querem fazer história, em solo adversário, quando defrontarem os Camarões, em sua casa, para o encerramento da primeira volta da fase de grupos de apuramento ao CAN, que os camaroneses vão organizar, em Janeiro de 2022.

Os Mambas procuram a segunda vitória diante dos “leões indomáveis”, depois do 3-0 imposto em 1983, aquando da qualificação ao CAN-84, que aconteceu na Costa do Marfim. Nessa fase de qualificação, depois da vitória no Estádio da Machava, a 10 de Abril de 1983, duas semanas depois, já em Yaoundé, os camaroneses venceram por 4-0, caindo por terra a possibilidade de qualificação a fase final do CAN.

Depois disso, as duas selecções voltaram a se cruzar na fase de qualificação ao CAN-2000, organizado conjuntamente pelo Gana e Nigéria. Os “leões indomáveis” não mais foram domados pelos Mambas, uma vez que venceram os dois jogos entre ambos, nomeadamente por 1-0, em Douala, e 1-6, no Estádio da Machava, com único dos Mambas apontado por Tico-Tico, naquela que foi uma das maiores enchentes do mítico relvado, que pertence ao Ferroviário de Maputo.

E mais uma vez, tal como em 1984, os Mambas falharam a sua presença nessa fase final do CAN. Aliás, outra das curiosidades que envolve as vezes que Mambas e “leões indomáveis” se cruzaram, os Camarões venceram a competição continental.

Desta vez os Mambas querem reverter toda história e todas tendências, não só arrancar um bom resultado em Douala, mas também garantir uma qualificação há muito esperada pelos moçambicanos, tendo em conta que a última vez que a selecção nacional esteve num CAN foi em 2010, em Angola. De permeio foram cinco edições falhadas pelos Mambas, que com nova equipa técnica e nova geração (restando alguns, casos de Domingues, Zainadine e Mexer), querem fazer história.

 

Cinco baixas que (não) preocupam Luís Gonçalves

Entretanto, para este embate diante dos Camarões, em Douala, o seleccionador nacional não vai contar com cinco jogadores, dos 23 inicialmente convocados, nomeadamente Edmilson Dove, Mexer e Amâncio Canhemba, ambos lesionados, Simão Mate Jr., que não foi autorizado pelo seu clube para representar os Mambas, e mais recentemente Stanley Ratifo, que actua na quinta divisão da Alemanha, ausente por motivos não revelados pela Federação Moçambicana de Futebol.

Desta forma, Luís Gonçalves teve que chamar Salomão (do Costa do Sol), Kamo Kamo (do Vitória de Setúbal) e Gildo Vilankulos (Amora), para o lugares dos lesionados, sem no entanto ter accionando outro jogador para o lugar do avançado alemão-moçambicano Ratifo.

Aliás, de acordo com o comunicado da Federação Moçambicana de Futebol, Ratifo será “carta fora do baralho” em Douala, mas espera-se que venha a se juntar aos Mambas, para o embate da segunda-feira, já em Maputo.

Desta forma, a equipa técnica moçambicana conta para este embate de mais logo com os seguintes jogadores: Guirrugo, Franque, Victor, Bheu, Zainadine, Sidique, Bonera, Reinildo, Salomão, Chico, Kambala, Néné, Kamo-Kamo, Telinho, Domingues, Geny Catamo, Kito, Clésio, Luís Miquissone, Reginaldo, Witi e Gildo.

 

Apenas 200 pessoas no Zimpeto

Para já, os dois embates entre Mambas e “leões indomáveis”, tanto em Douala como em Maputo, terão uma assistência de 200 pessoas, segundo autorização da Confederação Africana de Futebol. É que o organismo que superintende o futebol nacional solicitou uma autorização para a presença de espectadores no jogo contra os Camarões no dia 16 de Novembro, no Estádio Nacional do Zimpeto, tendo recebido uma resposta não satisfatória, atendendo que “nenhum jogo de alto nível foi organizado recentemente em Moçambique com presença de público, e a CAF considera que seria muito arriscado realizar um jogo tão importante com presença de espectadores”, segundo escreve a FMF num comunicado.

Entretanto, “lamentavelmente” a CAF rejeita o pedido, mas “decidiu excepcionalmente conceder acesso à área VIP, até um máximo de 200 pessoas. O número de pessoas deve ser dividido entre a delegação da equipa visitante e os convidados da FMF”, lê-se no comunicado.

Na mesma comunicação, o órgão reitor do futebol africano esclarece que o não cumprimento da cota acima mencionada pode levar a sanções disciplinares pela CAF.

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