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Mambas: o futuro é agora!

A selecção nacional de futebol, Mambas, defronta, esta quarta-feira, às 12h00, no Estádio Wolfson, em Porth Elizabeth, o Zimbabwe em jogo da primeira jornada do grupo “B” do Torneio COSAFA 2021. O Malawi passa a integrar este grupo, depois do arranjo feito pelo Comité Organizador que reduziu a prova para dois grupos.

Sem grande pressão,  até porque o objectivo bem contrário a alguns discursos passa por projectar novos valores do futebol moçambicano, com o futuro no horizonte, os Mambas partem para a COSAFA com os pés bem assentes no chão.

Mais: cientes de que há um caminho por percorrer, o processo pode “ser longo” ou “curto” e que, acima de tudo, tudo tem o seu tempo.

Lá, no Nelson Mandela Bay, há que se baterem com galhardia jogo a  jogo e mostrarem o seu real valor num ano em que iniciam as eliminatórias para o Mundial Qatar 2022.

De resto, dar outro traquejo competitivo a um leque de jovens jogadores com potencial e, seguramente, abrir uma nova janela de opções para o futuro é seguramente uma das apostas do seleccionador nacional de futebol, Horácio Gonçalves.

Há uma nova fornalha   de jogadores que está a despontar ao nível interno, dando cartas no Moçambola e ávidos em colocar todo seu talento em outras esferas, sendo o Torneio COSAFA uma das janelas para o efeito.

Aliás, o espiríto inicial da COSAFA era mesmo servir de montra para que os atletas que evoluem nos campeonatos internos possam brilhar e, quiçá, lancarem-se para outros patamares. Voltando ao calendário dos Mambas propiamente dito.

Esta quarta-feira, a rejuvenescida equipa nacional vai procurar contrariar a selecção mais titulada da COSAFA:  Zimbabwe.

Os zimbabweanos açambarcaram o troféu em seis ocasiões, seguidos por Zâmbia (cinco), África do Sul (quatro), Angola (três) e Namíbia (uma).   E levam para a  20.ª edição da COSAFA uma equipa formada por jogadores experientes e outros mais novos que pretendem se (a)firmar na equipa.

No seu historial de participação na “COSAFA”, Moçambique foi finalista da prova em duas ocasiões: 2008 e 2015. Na primeira final, a selecção nacional perdeu com a anfitriã África do Sul por 2-1 e, na segunda presença no jogo do título, caiu aos pés da Namíbia (2-1). Há ainda registo de terceiro lugar 1997 e 2001.

Na última edição, em 2019, os Mambas ficaram ainda na fase de grupos com saldo de uma derrota (2-1 diante da Namíbia) e dois empates ( 0-0 com as Seychelles, e 1-1 diante do Malawi).

PROVA REDUZIDA A DOIS GRUPOS

A saída, à última hora, do Madagáscar do Torneio COSAFA forçou a organização  a alterar o formato de disputa da competição, que agora terá dois grupos de cinco equipas cada.

Madagáscar não seguiu viagem a Nelson Mandela Bay,  em Porth Elizabeth, na África do Sul, palco da prova entre os dias  s  6 a 18 de Julho, que, após a decisão das Ilhas Comores de não comparecer, deixou o grupo B com apenas a Zâmbia e Malawi.

E, desta forma,  o formato original de uma competição de três grupos foi simplificado e reduzido em dois,  com as duas melhores nações de cada agrupamento a qualificarem-se paea às meias-finais.

A COSAFA fez um novo sorteio que colocou  a Zâmbia e o Malawi nos grupos A e B, respectivamente, acto que contou com a presença dos representantes das restantes 10 selecções participantes  e da comissão organizadora local.

Assim sendo, grupo A será constituído pela Zâmbia, campeã em título,  África do Sul, anfitriã, Botswana, Lesotho e Eswatini.

Isso significa que o Malawi irá integrar o  no ‘novo’ Grupo B do qual fazem ainda parte Moçambique, Namíbia, Senegal,nação convidada da África Ocidental, e Zimbabwe.

A competição continuará no formato de todos contra todos com todos conjuntos a realizarem, na fase de grupos, um total de quatro jogos.

Outra mudança anunciada pelo comité organizador da COSAFA é que as equipas poderão afectuar cinco substituíções em cada jogo. Esta decisão vai ao encontro dos estatudos da  FIFA e da CAF que e  foi estendida até o final de 2022.

A fase de grupos terminará no dia 14 de Julho, com os jogos das meias-finais a serem disputados dois dias depois. A final da competição e o terceiro lugar do “play-off” serão realizados no dia 18 de Julho

TICO-TICO: LENDA DA COSAFA

É o maior goleador da história do país com 27 golos marcados em 83 jogos. É uma das maiores referências do ataque dos Mambas de todos os tempos. Manuel Bucuane, mais conhecido no mundo do futebol por Tico-Tico, é referenciado também pela COSAFA como uma das onze lendas  da prova por ter marcado oito  golos em 22 aparições. O antigo capitão dos Mambas, refere a COSAFA socorrendo-se dos seus registos, disputou 11 edições desta competição.

Tico-Tico disputou ainda três edições do Campeonato Africano das Nações (CAN), designadamente em 1996, na África do Sul; 1998, no Burkina Faso, e 2010, em Angola.

Começou sua carreira no Desportivo de Maputo, e em 1994, transferiu-se para o Estrela da Amadora, de Portugal, permanecendo no mesmo até meados do ano seguinte. Regressou, no ano seguinte, para a terra que o viu nascer e representou o centenário Desportivo Maputo.

Durante quatro anos (1996 e 2000), Tico-Tico jogou no Jomo Cosmos da África do Sul.  Em 2000, transferiu-se para o Tampa Bay dos EUA e, depois, retornou ao Jomo Cosmos.

Jogou ainda por Supersport United, entre 2004 e 2008, quando voltou ao Jomo Cosmos pela terceira vez. Encerrou sua carreira em 2010, depois da terceira passagem pelo Desportivo de Maputo. “Tico” representou ainda o  Orlando Pirates, Orlando Pirates e Maritzburg United (entre 2004 e 2008).  A COSAFA fala ainda de Akwa (Angola), Selolwane (Botswana), Seema (Lesotho), Peter Ndlovu (Zimbabwe), Rotson Kilambe (Zâmbia), Johannes ‘Congo’ Hindjou (Namíbia),  Ernest Mtawali (Malawi), Siza Dlamini (Eswatini), Bryan Baloi (África do Sul) e  Kersey Appou (Maurícias).

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