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Mais uma promessa, Município de Maputo garante que não é vazia!

O município de Maputo promete que até finais de 2022, a cidade Maputo terá um sistema de transporte com veículos suspensos, designado FUTRAN. Para o efeito, diz ter um parceiro que garantiu 250 milhões de dólares para financiar o projecto, cuja construção irá começar em Setembro próximo.

Depois do Automated Guideway Transit, prometido pela Vice-ministra dos Transportes e Comunicações, Manoela Rebelo, em 2017 e do metro de superfície da era Simango, no Município de Maputo, desta vez a edilidade da capital tem uma nova promessa. Trata-se de um tipo de transporte, baseado no sistema FUTRAN, que são vários carros que se deslocam em linhas suspensas, projecto que segundo o município começa daqui a três meses.

“Onde termina a EN4 e a Estrada Circular de Maputo, iremos construir dois grandes silos (espécie de grandes espaços para parqueamento de viaturas). Isso vai permitir que as pessoas que entram na cidade deixem os seus carros nesses locais e entrem nesses veículos suspensos e possam circular pela cidade”, explicou João Ruas, PCA da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento (EME) para depois garantir que “os carros estarão a mesmo preço cobrado pelo “chapa”, garantiu.

Mesmo com a falta de espaço, na cidade de Maputo, Ruas garante que o sistema é exequível e sustentável a diversos níveis.

“Todas as soluções que sejam de transporte de massas, apoiado em pavimento, autocarro e etc; demandam reajustes na estética da cidade. A nossa cidade não foi desenhada para ter 100 autocarros ao mesmo tempo, por exemplo. Esta solução tem a vantagem de ter os aparelhos suspensos, só ocupam um metro quadrado no passeio como se fosse um poste de iluminação, são eléctricos e usam painéis solares, são autónomos, não têm motorista. Eles são comandados através de uma central”, detalhou.

João Ruas diz que há um parceiro para o projecto e Moçambique não sairá prejudicado no negócio. O PCA da EME foi mais longe ao explicar as razões do fracasso de outros projectos.

“O Estado fica com 80% do negócio e o parceiro que entra com 250 milhões de dólares fica com 20%. A lógica é que temos um mercado fértil que nos dá um rendimento Y e em 25 anos conseguimos recuperar o capital investido. Esta deverá ser encarrada como uma empresa que gera dinheiro. O nosso problema é que nós confundimos o conceito do que é uma empresa. Toda empresa, estatal ou privada, o fim último é gerar dinheiro. Se não faz dinheiro não tem porquê existir. Os nossos projectos falham porque não montamos os projectos como empresas”

A construção da infra-estrutura com uma linha de 40km será feita por um consórcio sul-africano e chinês. As obras irão começar entre Setembro e Outubro deste ano e o seu funcionamento deverá iniciar em finais de 2022 ou início de 2023.

Segundo o representante do Município trata-se de um sistema que existe na cidade Miami (nos EUA), Suécia, Alemanha, Japão e na China e Moçambique será o primeiro país africano a usufruir desse tipo de transporte, aguardemos.

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