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Mais de duas mil mulheres contrai fístula obstétrica no país

Mulheres com fístula obstétrica submetidas a cirurgias no Hospital Central de Maputo no âmbito da semana de Fistula, doença que afecta cerca de duas mil e quinhentas mulheres por ano no país.

A vida de Maria do céu, de 37 anos, mudou, em 2018, após contrair, em Nampula, fistula obstétrica, uma ruptura  no canal vaginal que causa incontinência urinária constante sem controlo da urina e noutros casos de fezes. O problema é causado sobretudo por falta de acesso a cuidados obstétricos e partos fora das unidades sanitárias.

Devido ao mau estar provocado pela doença, Maria do céu passou por muitas humilhações, teve mesmo que deixar de trabalhar e sujeitar-se a um isolamento social.

Maria está em Maputo há três meses à espera de ser operada. Tal como ela, está à espera a paciente Lisete Zita, de 22 anos, da província de Gaza, que há dois anos interrompeu seus estudos devido a fístula obstétrica.

As mulheres fazem parte de um grupo de quatro submetidas, esta quinta feira, a cirurgias no âmbito da semana da fístula obstétrica, no Hospital Central de Maputo, doença que por ano afecta cerca de duas mil mulheres

Anualmente, são tratadas 500 mulheres, mas este ano, segundo o cirurgião Igor Vaz, o número de operações reduziu devido à pandemia da COVID-19.

A fístula obstétrica é uma das maiores complicações em África, chegando a causar duas mil mortes, materna e dos bebes durante o parto. 

 

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