Pelo menos 5.500 famílias afectadas pelo ciclone “Eloise” não recebem assistência do Instituto Nacional de Gestão e Redução de Riscos de Desastres (INGD), no povoado de Save, no distrito de Machaze, em Manica, porque estão sitiadas.
As autoridades não têm acesso às vítimas, de acordo com a governadora da província de Manica, Francisca Tomás, devido às inundações em consequência do ciclone “Eloise” que fustigou Manica, Sofala, Zambézia e Inhambane, semana finda.
Porque as chuvas intensas inundaram o povoado de Save, as famílias estão impossibilitadas de sair da região. Francisca Tomás disse que às famílias falta um pouco de tudo, desde comida ao vestuário.
O acesso ao local só é possível através de meios aéreos, neste momento em mobilização pelo INGD, para fazer chegar víveres aos afectados, segundo a governadora da província de Manica. Pondera-se ainda recorrer a tractores para se chegar à zona. “Precisamos de transportar alimentos para Mazvissanga”.
Por sua vez, o vice-presidente do INGD, Belém Monteiro, assegurou que há alimentos para assistir aos necessitados e a preocupação, agora, está relacionada com a ausência de meios para se chegar ao local.
Em Manica, o ciclone “Eloise” fez-se sentir nos distritos de Gondola, Chimoio, Sussundenga, Macate, Mossurize e Machaze, onde também criou prejuízos na agricultura. Ao menos 800 mil hectares de culturas diversas são dados como perdidos.